O Senado rejeitou nesta quarta-feira (25) o nome do defensor público Igor Roberto Albuquerque Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU). O nome foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chegou a ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no entanto, foi reprovado pela maioria dos senadores no plenário, com 38 votos contrários ao nome e 35 a favor. Para que a indicação fosse aprovada, eram necessários ao menos 41 votos favoráveis. A votação no plenário é secreta.
A resistência ao nome dele ocorreu depois de uma parte dos senadores da oposição passar a afirmar que ele defende pautas como a descriminalização do aborto. Roque não foi questionado sobre tais assuntos durante a sabatina na CCJ e nega que defenda as pautas.
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Igor é ex-presidente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais (Anadef) e ficou em segundo lugar na lista tríplice elaborada pelo órgão para assumir o cargo.
Ele ficou conhecido nacionalmente por atuar na defesa de Danilo Marques, um dos presos da Operação Spoofing, mais conhecida como Vaza Jato, em 2019. Na ocasião, hackers revelaram troca de mensagens entre procuradores da Lava Jato, inclusive do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR).
Agora, o presidente Lula terá que escolher outro candidato ao cargo.