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Veja repercussão de suposto esquema de rachadinha de Janones para cobrir despesas de campanha

Adversários políticos cobram a cassação do deputado; áudio obtido pela reportagem revela o pedido de parte do salário de servidores

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Janones teria praticado rachadinha no gabinete
Janones teria praticado rachadinha no gabinete Janones teria praticado rachadinha no gabinete

O áudio que revela um suposto esquema de rachadinha organizado pelo deputado federal André Janones (Avante-MG) virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta segunda-feira (27). Adversários do parlamentar repercutem uma postagem antiga de Janones em que ele nega a prática no gabinete dele e pedem a cassação do deputado. Na gravação, Janones diz que pagaria salários maiores a alguns servidores para que esses valores extras pudessem ser devolvidos ao deputado. 

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) fez diversas postagens para condenar o áudio e subiu a hashtag "Janones cassado". Também resgatou uma postagem antiga do adversário político em que ele afirma que "não é no meu gabinete que fazem rachadinha, não". 

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Líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirma que Janones "assume em áudio que seus assessores vão ganhar um pouco mais para repassar valores". "Cassação é pouco para ele", completa. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também comentou o caso e afirmou que o próprio acusado "diz que não vai se arrepender 1 milímetro se for cassado".

Ainda pelas redes sociais, o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) atrelou o suposto esquema ilícito a uma forma de "bancar os influenciadores que fizeram fake news contra Bolsonaro e a estrutura de perfis falsos que deram capilaridade às mentiras divulgadas". 

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Nas eleições presidenciais de 2022, Janones chegou a oficializar a candidatura para concorrer pelo Avante, mas desistiu para apoiar o então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o período eleitoral, Janones fez um grande movimento nas redes sociais para disseminar informações contra o então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). À época, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou Janones excluir diversas publicações das redes por divulgação de conteúdos falsos.

Entenda o caso

De acordo com o suposto áudio gravado por um ex-assessor de Janones, a verba da rachadinha seria usada para cobrir um rombo de R$ 675 mil nas contas pessoais do político, que afirma ter precisado vender casa e carro e usado o dinheiro de poupança e previdência para bancar a corrida eleitoral. 

Na conversa com a equipe, após declarar a intenção de obter parte do salário dos servidores para fins pessoais, Janones reafirma que não admitirá cargos-fantasmas, em uma tentativa de legitimar o suposto esquema. Disse, ainda, não temer uma perda de mandato. "Se eu tiver que ser colocado contra a parede, não estou fazendo nenhuma questão desse mandato. Para mim, hoje, renunciar é uma coisa tão natural." Segundo Janones, esse esquema seria "justo". 

A gravação é de 5 de fevereiro de 2019 e foi feita pelo jornalista Cefas Luiz, ex-assessor de Janones, durante a primeira reunião após os funcionários tomarem posse. Cefas disse à reportagem que "o esquema rodou no gabinete e era mensal". Ele afirmou, ainda, que levaria o material ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Comissão de Ética da Câmara.

Resposta

Em resposta, Janones nega ter cometido rachadinha e afirma que a gravação foi "clandestina e criminosa" e se trata de "um áudio retirado de contexto e para tentar me imputar um crime que eu jamais cometi". "Essas denúncias vazias nunca se tornaram uma ação penal ou qualquer processo, por não haver materialidade. Não são verdade, e sim escândalos fabricados", completa. 

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