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Dólar atinge o menor valor em 15 meses, e Ibovespa, o maior nível

O dólar fechou o dia cotado a R$ 4,73, com baixa de 0,98%. Bolsa subiu 0,83% e atingiu 121.218,90 pontos

Economia|Do R7

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,7328 na venda
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,7328 na venda O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,7328 na venda

O dólar à vista registrou queda firme ante o real nesta segunda-feira (24), em sintonia com o recuo da moeda americana em relação às demais divisas de países exportadores de commodities e com as cotações que perdem suporte técnico importante no Brasil, ao encerrar no menor patamar em 15 meses.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,7328 na venda, com baixa de 0,98%. Esta é a menor cotação de fechamento para a moeda dos EUA desde 20 de abril de 2022, quando estava em R$ 4,6186 reais.

Na B3, às 17h20 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1%, a R$ 4,7395.

O Ibovespa avançou nesta segunda-feira, ajudado pelo desempenho positivo em Wall Street e pelas altas de Vale e Petrobras, com o mercado na expectativa por decisões de juros nos Estados Unidos e na zona do euro, dado de inflação no Brasil e balanços corporativos localmente e no exterior.

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Petrolíferas e empresas de siderurgia e mineração ajudaram a puxar a bolsa, enquanto o setor financeiro ficou do lado oposto.

O Ibovespa fechou em alta de 0,83%, a 121.218,90 pontos, de acordo com dados preliminares, o que seria a terceira alta seguida e maior patamar de fechamento desde abril de 2022. Na máxima do dia, foi a 121.771,71 pontos, maior.

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Cotação

No início da sessão, o dólar chegou a oscilar no território positivo no Brasil, mas rapidamente migrou para o negativo, ao acompanhar o movimento externo. O dia no exterior foi de certo otimismo, com os índices de ações que sustentaram leves ganhos nos EUA e o dólar em queda ante divisas mais fracas.

Internamente, o movimento foi amplificado pela disparada de ordens de venda quando o dólar atingiu certos patamares técnicos, conforme profissionais ouvidos pela Reuters.

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“O dólar ficou oscilando entre R$ 4,75 e R$ 4,80 por cerca de 30 dias, mas esse nível está ficando para trás, porque a tendência é de baixa”, comentou José Faria Júnior, diretor da consultoria Wagner Investimentos. “Ele está voltando para a mínima do ano passado, que é perto de R$ 4,65. Precisamos ver se conseguirá superar este novo patamar”, acrescentou.

Um operador afirmou à Reuters que houve impulso adicional de queda, com ordens de stop (parada de perdas) sendo disparadas, quando o dólar para agosto, o vencimento mais próximo entre os contratos futuros, se aproximou dos R$ 4,740 nesta segunda-feira.

“O câmbio ficou muito tempo ensaiando a perda dos R$ 4,80”, disse Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.

Segundo ele, a divisa à vista finalmente rompeu esse patamar em sintonia com o exterior, em que há uma leitura “cada vez mais consolidada de que caminhamos para o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e na Europa”.

Na mínima da sessão, registrada às 12h25, o dólar à vista foi cotado a R$ 4,7240 (-1,17%). Depois disso, a divisa se recuperou um pouco, mas ainda fechou com queda firme.

Como pano de fundo para o movimento desta segunda-feira, a crise relacionada ao transporte de grãos no mar Morto, que envolve Ucrânia e Rússia, está longe de terminar. Este fator, somado à seca nos EUA, que afeta commodities como milho e soja, produtos de exportação do Brasil, tem dado suporte aos preços das commodities agrícolas, o que favorece divisas como o real, em detrimento do dólar.

Nesta segunda-feira, a Rússia destruiu armazéns de grãos ucranianos no rio Danúbio, em um ataque de drones.

Além disso, investidores no Brasil aguardam pela divulgação na terça-feira do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de julho e pela decisão de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira.

No fim da tarde, o dólar se mantinha em queda ante boa parte das divisas de exportadores de commodities, mas subia ante uma cesta de moedas, após o euro ser penalizado por números industriais ruins.

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