Economia do Brasil cresce pelo 2º ano seguido e avança 1,1% em 2018
Produto Interno Bruto subiu pelo oitavo trimestre consecutivo, puxado pelo setor de serviços, informou o IBGE nesta quinta-feira
Economia|Fernando Mellis, do R7
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro — soma de todas as riquezas produzidas no país — subiu 1,1% em 2018 (totalizando R$ 6,8 trilhões), na comparação com o ano anterior.
Entre setembro e dezembro, a economia brasileira teve expansão de 0,1%, completando o oitavo trimestre de alta consecutiva.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (28).
O resultado está dentro das expectativas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que eram entre 1,1% e 1,3%.
Alguns fatos atrapalharam o crescimento econômico no ano passado. Entre eles, estão a paralisação dos caminhoneiros e a incerteza em torno das eleições presidenciais.
O IBGE destaca o crescimento do setor de serviços no país, responsável por 75,8% do PIB. No ano passado, o comércio registrou alta de 2,3% e as atividades imobiliárias, 3,1%.
Pelo lado das despesas, o consumo das famílias aumentou 1,9%. No ano passado, a alta foi de 1%.
O setor de comércio em 2018, vale ressaltar, teve o melhor desempenho em cinco anos.
A indústria registrou alta de 0,6% em 2018, com destaque para setores energético e de saneamento básico. A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 4,1% em 2018 (em 2017, havia caído 1,8%). Esse indicador reflete basicamente a compra de máquinas e equipamentos destinados à produção.
A agropecuária se manteve estável, com variação de 0,1% na comparação com 2017. Os destaques no agronegócio foram a produção de café (alta de 29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Mas outras lavouras registram produção menor, como a de milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana-de-açúcar (-2,0%).
Um dos principais agentes indutores da economia, o governo manteve seus gastos inalterados na comparação com 2017.
A taxa de investimento, que é a FBCB dividida pelo PIB, ficou em 15,8%, aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao ano passado.
Já a taxa de poupança foi de 14,5% do PIB, perto do verificado em 2017, que foi de 14,3%.