Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Mudanças no BB terão impacto no acesso ao crédito no país, diz sindicato

Instituição diz ser urgente criação de alternativas para saída da crise pela expansão de crédito

Economia|Da Agência Brasil

Saldo de crédito da economia brasileira apresenta retração de 3,4% de janeiro a setembro de 2016
Saldo de crédito da economia brasileira apresenta retração de 3,4% de janeiro a setembro de 2016

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região criticou nesta segunda-feira (21) o anúncio da reestruturação no Banco do Brasil que inclui o fechamento de agências bancárias, a redução de postos de trabalho no banco, o lançamento de um plano de aposentadoria incentivada e a redução de jornada de trabalho para parte dos funcionários. O sindicato ressaltou que as alterações no Banco do Brasil representam fechar "quase um HSBC em número de funcionários (18 mil)”.

De acordo com o sindicato, as alterações na estrutura do maior banco público do país irão reduzir o acesso dos brasileiros ao crédito. “O desmonte do Banco do Brasil terá impacto no acesso ao crédito no país. Somente os bancos públicos aumentaram o crédito de 38% para 57% de 2008 para 2016, enquanto os privados tiveram redução de 5% nos últimos dois anos. Atualmente, o Banco do Brasil é responsável por 61% do crédito agrícola”, destacou o sindicato, em nota.

Segundo a entidade, o saldo de crédito na economia brasileira já apresenta retração de 3,4% de janeiro a setembro de 2016, “enquanto as taxas de juros cobradas de famílias e empresas apresentam sucessivas e intensas elevações”.

Leia mais notícias sobre Brasil e Política


De acordo com o sindicato, é urgente a criação de alternativas para a saída da crise que passem pela retomada da expansão do crédito para setores prioritários como moradia popular, agricultura familiar, pequenas e médias empresas.

— Tais medidas contribuiriam ao mesmo tempo para fortalecer a economia, gerar empregos em setores intensivos em mão de obra, dinamizar o mercado interno e amenizar graves problemas sociais do Brasil como o déficit de moradias, a falta de acesso à terra e também a alta dos preços dos alimentos. 


Para o sindicato, há alternativas concretas que poderiam ser implementadas como a redução da taxa Selic, a utilização dos bancos públicos para rebaixar o spread bancário - diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e as que cobram dos consumidores — e a liberação de depósitos compulsórios com garantia de aplicação em áreas prioritárias.

Ao anunciar as mudanças, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse que a reestruturação faz parte da estratégia de ampliação do atendimento digital que prevê a abertura, ainda em 2017, de mais 255 unidades de atendimento digital, entre escritórios e agências. De acordo com o Banco do Brasil, as medidas resultarão na economia de R$ 750 milhões por ano.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.