Ataque policial mata 4 seguidores de Mursi no Cairo, denunciam islamitas
Informação foi divulgada pela Irmandade Muçulmana nesta terça-feira (23)
Internacional|Do R7
Pelo menos quatro manifestantes partidários do deposto presidente Mohammed Mursi morreram na noite de ontem (22) depois que a polícia invadiu o acampamento dos islamitas na Praça do Renascimento, no Cairo, informou nesta terça-feira (23) a Irmandade Muçulmana.
Os policiais estariam à paisana e, junto de alguns franco-atiradores, atacaram os manifestantes acampados na praça, situada em Giza, detalhou a Irmandade Muçulmana, que, através de seu site oficial, destacou que três dos feridos se encontram em estado grave.
Até o momento, o porta-voz do Ministério da Saúde Khaled Khatib confirmou apenas dez feridos na Praça do Renascimento.
A agência de notícias estatal "Mena" assinalou que a praça, que fica próxima à Universidade do Cairo, amanheceu em calma após a ação da polícia na última madrugada, a qual foi acionada para deter os confrontos entre os seguidores de Mursi e os moradores da região.
De acordo com Khatib, nove pessoas também ficaram feridas ontem à noite por causa de confrontos nos arredores da Praça Tahrir, no centro da cidade, e na Praça de Rabea al Adauiya, onde os islamitas mantêm outro acampamento.
Os fatos da última madrugada ocorreram depois que outros confrontos entre partidários e opositores de Mursi fossem registrados nas imediações de Tahrir, onde os defensores do golpe de Estado estão acampados. Na ocasião, os islamitas seguiam em direção à Embaixada dos EUA, situada próxima à praça.
O Egito, atualmente, se encontra dividido entre partidários e opositores de Mursi, que foi deposto no último dia 3 de julho pelo Exército, após os grandes protestos registrados anteriormente, os quais pediam as antecipações das eleições presidenciais no país.