Ataques na Ucrânia são 'sinais de fraqueza' da Rússia, diz Otan
Secretário-geral da aliança militar afirmou que russos buscam mascarar perdas das últimas semanas no campo de batalha
Internacional|Do R7
![Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante coletiva de imprensa](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/VJCIVO5IONJN7AGNU2PYLZLCNQ.jpg?auth=60cfaabbc2f7554ca3c67a24762012792aa02fa9cc08f644e799462036d076d9&width=1024&height=682)
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (11) que os ataques de mísseis feitos pela Rússia em várias cidades da Ucrânia representam um "sinal de fraqueza", já que as tropas russas estão sendo derrotadas.
"Acredito que o que vimos ontem [segunda-feira, 10] é, na verdade, um sinal de fraqueza, porque a realidade é que não conseguem avançar, a Rússia está realmente perdendo o campo de batalha", disse o norueguês.
Na visão do secretário-geral, as tropas russas "estão cedendo território, pois não têm a capacidade de deter o avanço das forças ucranianas".
"O jeito que podem responder é por meio de ataques desordenados contra cidades ucranianas, atingindo civis e infraestrutura crítica", acrescentou Stoltenberg.
O chefe da Otan acrescenta que a aliança militar dobrou a presença naval no mar Báltico e no mar do Norte, em que foram relatados vazamentos de gás, nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, entre a Rússia e a Alemanha.
Os governos da Suécia e da Noruega investigam o que aconteceu nesses gasodutos. O membro da Otan disse nesta terça-feira que foi "sabotagem", mas a aliança não atribuiu responsabilidades formais pelo ocorrido.
A Otan realizará na quarta-feira (12) uma reunião de nível ministerial para revisar o estágio de preparação nuclear da organização, depois que a Rússia ameaçou defender o próprio território com armas atômicas.
"Não vimos nenhuma mudança na posição da Rússia, mas continuamos em alerta", expressou Stoltenberg.
Na próxima semana, a Otan realizará o exercício anual de dissuasão nuclear, chamado Steadfast Noon. Uma operação que o representante chamou de "treinamento de rotina".
Na última segunda, a Rússia lançou — de bases terrestres e marítimas — mísseis contra vários alvos da Ucrânia, como instalações militares e de infraestrutura.
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A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, declarou que esses ataques deixaram pelo menos 12 civis mortos e mais de uma centena feridos.
Esses ataques intensos da Rússia ocorreram após uma explosão ter destruído parcialmente uma ponte construída para conectar o país à península da Crimeia, um símbolo da anexação do território pelos russos em 2014.
O Exército ucraniano e os serviços especiais de Kiev não confirmaram nem negaram envolvimento na explosão.
Uma série de ataques com mísseis também atingiu na última segunda-feira (10), a capital da Ucrânia, Kiev. Os disparos foram feitos pelas tropas da Rússia, o que foi confirmado pelo presidente Vladimir Putin. O chefe de Estado tambem informou que novos ...
Uma série de ataques com mísseis também atingiu na última segunda-feira (10), a capital da Ucrânia, Kiev. Os disparos foram feitos pelas tropas da Rússia, o que foi confirmado pelo presidente Vladimir Putin. O chefe de Estado tambem informou que novos atos de "terrorismo" contra o país receberão resposta parecida. A declaração ocorre depois que uma ponte de 19 km de comprimento, que liga o sul da Rússia à península da Crimeia, foi atacada e destruída no sábado (8)