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Atitudes de EUA contra China podem dividir o mundo em dois, afirma especialista

Para Stiglitz, políticas 'hostis' podem ter efeitos adversos na ação internacional contra mudança climática e outras crises

Internacional|

Políticas "hostis" dos Estados Unidos contra a China poderiam dividir o mundo em dois blocos
Políticas "hostis" dos Estados Unidos contra a China poderiam dividir o mundo em dois blocos Políticas "hostis" dos Estados Unidos contra a China poderiam dividir o mundo em dois blocos

As políticas "hostis" dos Estados Unidos contra a China poderiam dividir o mundo em dois blocos, advertiu Joseph Stiglitz nesta sexta-feira(12), em entrevista à AFP. O especialista, que já recebeu um Nobel de Economia, também afirmou que o Ocidente deveria oferecer investimentos e não "lições" aos países em desenvolvimento.

"Seria uma boa ideia(...) se os demais países do G7 tentassem pressionar os Estados Unidos e dissessem: 'o que vocês estão fazendo é construir um mundo dividido em dois blocos e isso será rígido", disse o economista americano à margem de discussões ministeriais do grupo das sete maiores potências industrializadas em Niigata, Japão.

"É necessário que estejamos em uma espécie de competição estratégica, porém isso não implica que tenhamos que ser tão hostis", afirmou.

Stiglitz advertiu também que a corrida entre democratas e republicanos para se mostrarem rígidos com a China pode ter efeitos adversos na ação internacional contra a mudança climática e outras crises.

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E argumentou que a política de Washington em relação a Pequim não se justifica apenas com a preocupação em relação à política chinesa. "Temos muitos amigos, vamos chamá-los assim, que são autoritários. Porém, o que não nos agrada é a competição econômica e política", disse.

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Aos 80 anos, ele que já foi economista-chefe do Banco Mundial, disse também que o Ocidente está investindo "muito pouco" nas economias em desenvolvimento, ao contrário da China.

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"Circula a piada que nós lhes damos lições do que fazer e eles lhes dão dinheiro", disse à propósito.

"Parte do problema é que o G7, em especial os Estados Unidos, não está presente na América Latina nem na África. Assim, por um lado dizemos que estamos competindo, por outro não estamos fazendo investimentos", argumentou Stiglitz.

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Os ministros das Finanças da Índia, Brasil e Indonésia se uniram a seus homólogos do G7 para uma reunião de três dias na cidade japonesa de Niigata, que começou na quinta.

Os líderes desses países e de outras nações como Vietnã e Comores, que desempenha a presidência da União Africana, estão convidados para a cúpula do G7 no próximo fim de semana em Hiroshima.

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