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Autobiografia de Harry vende 1,4 milhão de exemplares em um dia

Os números contabilizados pela editora reúnem as versões física, digital e em áudio comercializadas no Reino Unido, EUA e Canadá

Internacional|Do R7

Em 'O que Sobra', Harry conta as experiências como membro da família real
Em 'O que Sobra', Harry conta as experiências como membro da família real

A editora Penguin Random House informou nesta quinta-feira (12) que o livro de memórias do príncipe Harry, o filho mais novo de Charles 3º, com revelações chocantes sobre a monarquia britânica, teve quase 1,5 milhão de cópias vendidas no primeiro dia.

"Você pretende comentar o livro de Harry um dia?", perguntou um jornalista ao príncipe William, herdeiro do trono, no início de uma visita a um hospital de Liverpool, no noroeste da Inglaterra — o primeiro ato público desde a publicação do livro, na terça-feira (10).

O príncipe de Gales ignorou a pergunta, limitando-se a saudar o público ao lado da esposa, Kate.

O pai deles, o rei Charles 3º, também ignorou o escândalo. Vestido com um kilt xadrez, o monarca cumprimentou escoceses durante uma visita a um centro social não muito longe de Balmoral, o castelo onde a mãe, Elizabeth 2ª, morreu, em setembro, aos 96 anos.


As vendas no Reino Unido, nos Estados Unidos e no Canadá, que incluem todos os formatos (livro físico, digital e em áudio) de Spare (O que Sobra, em português), totalizaram 1,4 milhão de cópias — um número recorde, afirma a Penguin Random House.

A editora não deu números sobre as outras 15 línguas nas quais foi editado o livro, à venda desde terça-feira, quatro meses após a morte de Elizabeth 2ª e quatro meses antes da coroação de Charles 3º.


Nele, o príncipe de 38 anos, que mora na Califórnia desde 2020, faz um retrato altamente crítico dos familiares. Ninguém saiu ileso, nem ele mesmo, que conta detalhes da adolescência marcada pelo uso de drogas e álcool.

O pai, Charles, o irmão, William, e as respectivas esposas também receberam críticas.


William é apresentado como "querido irmão e arqui-inimigo", uma pessoa de temperamento explosivo e violento, que nunca gostou da cunhada, a ex-atriz americana Meghan Markle.

O Palácio de Buckingham não comentou as revelações do livro, mas a imprensa britânica noticiou, citando fontes reais anônimas, que os Windsor estão insatisfeitos.

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Apesar das boas vendas do livro, a popularidade do príncipe está em baixa no Reino Unido, onde muitos o consideram um imaturo mimado, que quer os benefícios da realeza sem as desvantagens.

Apenas 24% dos britânicos têm uma opinião favorável sobre o duque de Sussex, segundo uma nova pesquisa da YouGov realizada após a publicação das memórias. Harry e a esposa agora são ainda mais impopulares que o príncipe Andrew, irmão de Charles 3º, que foi afastado da monarquia após um escândalo sexual.

Apenas 21% dos britânicos acreditam que a principal motivação de Harry para publicar esse livro é dar a própria versão dos acontecimentos, como ele afirma, enquanto 41% consideram que o intuito é ganhar dinheiro.

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