O Brasil foi eleito nesta sexta-feira (11) como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU para o biênio 2022-2023, igualando com o Japão como o país mais vezes eleito para este órgão. Essa será a 11ª vez que o Brasil ocupará um assento no principal órgão de decisão das Nações Unidas, onde há anos exige um lugar permanente junto com outras nações. A candidatura brasileira foi aceita sem oposição entre os países da América Latina e do Caribe e obteve 181 votos a favor na Assembleia-Geral da ONU, onde estão representados os 193 Estados-membros da entidade. O Brasil entrará no Conselho no próximo dia 1º de janeiro para substituir São Vicente e Granadinas, que neste ano completa seu mandato de 2 anos. O México, que entrou no último mês de janeiro, continuará sendo o outro representante latino-americano ao longo de 2022. Além do Brasil, outros quatro países foram eleitos nesta sexta-feira como membros não permanentes do Conselho para os próximos dois anos: Albânia, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos. Todos eles contaram com o apoio de seus grupos regionais, sem candidaturas alternativas, de modo que as eleições não foram contestadas em nenhum dos casos, o que tem se tornado cada vez mais comum nos últimos anos. Gana, com 185 votos a favor, foi o candidato com mais apoio, seguido por Gabão (183), Brasil (181), Emirados Árabes Unidos (179) e Albânia (175). O Conselho de Segurança tem 15 membros, cinco deles permanentes e com direito a veto (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e dez alternados por turnos de dois anos. Além dos cinco eleitos hoje, Índia, Irlanda, Quênia, México e Noruega continuarão como membros não permanentes no próximo ano.