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China envia caças à zona aérea para vigiar aviões de EUA e Japão

Internacional|Do R7

Pequim, 29 nov (EFE).- O exército chinês confirmou nesta sexta-feira o envio de dois caças à sua zona de identificação aérea (ADIZ) no Mar da China Oriental para vigiar as "dúzias" de aviões de Estados Unidos e Japão que nesta semana entraram nesta área sem aviso prévio a Pequim. A informação foi confirmada hoje pelo coronel porta-voz das Forças Aéreas do Exército Popular de Libertação (EPL), Shen Jinke, que antecipou que o envio de aviões caças se tornará uma "prática habitual", segundo a imprensa estatal. Shen explicou que o EPL ordenou a dois aviões "verificar a identidade" das aeronaves que tinham entrado na zona na quinta-feira. O exército chinês identificou dois aviões americanos e dez japoneses. Segundo a informação do governo chinês, os aviões dos EUA, dois bombardeiros, fizeram duas incursões na ADIZ, enquanto os japoneses realizaram um total de sete. Desde que a China anunciou a criação da zona aérea no sábado passado, ocorreram as entradas no espaço sem seguir a legislação de Pequim, que obriga os aviões estrangeiros a informar sua rota. Na terça-feira, os EUA confirmaram o envio de dois bombardeiros de sua base de Guam, no Pacífico, enquanto o Japão enviou pelo menos dez aviões desde então. A Coreia do Sul também confirmou várias incursões sem obedecer a legislação chinesa. Em tom belicoso, o jornal oficial chinês "Global Times" instou hoje as autoridades a "não titubear na hora de tomar medidas contra o Japão", se esse país desafiar a ADIZ. "Se esta tendência continuar, haverá atritos e confronto, e inclusive uma tensão aérea similar à da Guerra Fria entre EUA e União Soviética", adverte o jornal. Também ressaltou que "é urgente que China treine suas forças aéreas para finalizar sua preparação perante conflitos potenciais". O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, insistiu hoje que a zona de defesa aérea "não está dirigida contra nenhum país ou alvo específico". "Trata-se de exercer nosso direito à autodefesa", acrescentou Qin em seu encontro diário com a imprensa em Pequim. A decisão da China de criar esta zona no Mar da China Oriental elevou a tensão na região por incluir as ilhas disputadas entre Pequim e Tóquio, chamadas Diaoyu pelos chineses e Senkaku pelo Japão. A China alega que o Japão lhe roubou as ilhas no final do século 19, enquanto os japoneses defendem que o arquipélago, desabitado, mas rico em recursos naturais, não pertencia então a nenhuma administração. EFE pav-tg/rsd

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