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Começa segunda fase do julgamento do Massacre do Carandiru

Internacional|Do R7

São Paulo, 31 mar (EFE).- A última fase do julgamento do Massacre do Carandiru, no qual agentes da polícia são acusados de matar 111 presos após o início de uma rebelião, em outubro de 1992, começou nesta segunda-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. São réus nesta fase do julgamento 15 policiais do Comando de Operações Especiais (COE), acusados pelo assassinato de oito presidiários no terceiro andar do pavilhão nove da casa de detenção. O episódio foi o maior massacre já registrado na história das instituições carcerárias do Brasil. O início da sessão de hoje foi atrasada em várias horas pois uma testemunha de defesa não se apresentou a tempo, segundo informou o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. Após a testemunha ser localizada por oficiais de justiça, a sessão começou com o sorteio do júri, que será composto por seis homens e uma mulher. Esta fase do julgamento se iniciou em fevereiro, mas foi suspensa pois um dos advogados do caso abandonou o processo. O julgamento foi dividido em quatro fases, uma por cada um dos andares do Carandiru, onde os policiais, com o objetivo de conter uma rebelião, atiraram nos presos nos corredores e dentro das próprias celas. Nas três fases que já foram julgadas, foram considerados culpados 58 policiais, cada um condenado a penas de entre 96 a 624 anos de reclusão. O responsável por comandar a operação policial, o coronel da polícia Ubiratan Guimarães, foi julgado em 2001 e condenado a 632 anos de prisão, mas foi absolvido cinco anos depois em segunda instância. Pouco meses depois, o coronel foi executado em um crime que ainda não foi esclarecido. Quando o massacre ocorreu, o Carandiru era o maior presídio do Brasil, com cerca de oito mil internos, e considerado por organizações defensoras dos direitos humanos com exemplo das graves deficiências do sistema carcerário do país. A casa de detenção foi desativada em 2002, e depois de implodida o local se tornou um parque público. EFE mp/dk

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