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Como a prática de tiro ao alvo pode causar lesões cerebrais, segundo estudo

Pesquisa do New York Times revelou que estandes fechados pioram a exposição a ondas de choque, que causam microlesões no cérebro

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo do New York Times indica que tiro ao alvo pode causar lesões cerebrais por ondas de choque.
  • Estandes fechados aumentam a exposição ao impacto, colocando em risco atletas e entusiastas.
  • Pressão das ondas de choque das armas pode gerar microlesões acumulativas no cérebro.
  • Especialistas sugerem medidas de segurança, como evitar estandes fechados e usar armas de menor calibre.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Jornal mediu a pressão das ondas de choque emitidas por diferentes armas em clubes de tiro Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um estudo do jornal New York Times indica que a prática de tiro ao alvo pode gerar ondas de choque capazes de danificar o cérebro. A pesquisa aponta que os estandes fechados pioram a exposição ao impacto, levantando preocupações sobre a segurança de atletas e entusiastas do tiro esportivo.

O jornal realizou testes medindo a pressão das ondas de choque emitidas por diferentes armas em clubes de tiro. Dessa forma, foi possível observar que rifles com calibre grosso superam os limites de segurança recomendados e o uso frequente de armas menores pode gerar efeitos acumulativos.


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“O cérebro é uma rede delicada com cerca de 100 trilhões de conexões e uma consistência semelhante à de gelatina, e a forma como as explosões afetam essa rede ainda é pouco compreendida”, escreveu o jornal.

Segundo a pesquisa, as ondas de pressão geradas pelas armas atingem o cérebro em frações de segundos. Ainda não se sabe qual intensidade é suficiente para causar danos permanentes, mas cientistas alertam que os estragos se acumulam. Ou seja, pequenas exposições repetidas podem resultar em microlesões.


Para exemplificar como os danos são causados, o New York Times conversou com Gary Kamimori, pesquisador de segurança contra explosões. “Estique um elástico cem vezes e ele volta ao normal, mas microfissuras se formam. Na centésima primeira vez, ele se rompe”, explicou o especialista.

Sintomas como dores de cabeça, confusão mental e fadiga são frequentemente relatados após sessões de tiro, mas raramente são associados a lesões cerebrais. Fatores individuais, como idade, histórico de concussões, nível de condicionamento físico e experiência com armas, podem influenciar a vulnerabilidade do atirador.


Especialistas recomendam reduzir a frequência da prática caso a pessoa apresente dores após o uso de armas. Outras medidas de segurança sugeridas incluem atirar em clubes ao ar livre em vez de cabines fechadas, optar por armas de calibre menor e munição menos potente, e usar reguladores de pressão para direcionar a onda de choque para frente, longe do atirador.

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