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Dilma nomeia últimos 14 ministros para o segundo mandato

Internacional|Do R7

Brasília, 31 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, que jurará o cargo pelo segundo mandato na quinta-feira, designou hoje os 14 ministros que faltavam para completar seu Gabinete, de 39 membros, e substituiu o chanceler Luiz Alberto Figueiredo pelo atual embaixador do Brasil nos EUA, Mauro Vieira, como novo ministro das Relações Exteriores. Salvo o chanceler, os outros 13 ministros anunciados hoje foram na realidade ratificados em seus cargos. Trata-se das titulares de presidência, Aloizio Mercadante; Desenvolvimento Social, Tereza Campello; Justiça, José Eduardo Cardozo; Meio Ambiente, Izabela Teixeira; Saúde, Arthur Chioro; Trabalho, Manoel Dias; e Direitos Humanos, Ideli Salvatti. Além disso, ratificou os ministros de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri; Comunicação Social, Thomas Traumann; Pequenas e Médias Empresas, Guilherme Afif Domingos; Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci; Segurança Institucional, José Elito Siqueira; e Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams. A grande novidade nestas últimos nomeações foi a mudança em Chancelaria, já que Figueiredo deixa o cargo para assumir a embaixada do Brasil em Washington, até agora ocupada por Mauro Vieira, que também foi embaixador na Argentina. Essa alteração, que era alvo de conjeturas há dias, foi interpretada como um passo a favor de reforçar as relações com os Estados Unidos, que em meados de 2012 foram estremecidas por um escândalo de espionagem denunciado pelo ex-agente da CIA Edward Snowden. Dilma, reeleita em outubro, anunciou as membros de seu novo Gabinete em diversas fases desde o final de novembro. Segundo ela mesma admitiu, isso ocorreu, em parte, por conta do grave escândalo de corrupção descoberto na Petrobras, no qual teme-se que possam estar envolvidas dezenas de políticos que pertencem à base governista. Dilma inclusive solicitou informação sobre alguns candidatos a ministros à Promotoria, mas esse organismo, responsável direto da investigação na Petrobras, alegou que não podia satisfazê-la pois o processo se desenvolve sob um estrito segredo judicial. A composição do novo Gabinete também se viu dificultada pelo desejo de Dilma de outorgar espaços no governo a todos os partidos de sua ampla e variada coalizão, que abrange todo o espectro ideológico da política nacional, incluída a direita. Um das nomeações mais polêmicas foi a da senadora Katia Abreu como ministra de Agricultura, que gerou um forte rejeição do Movimento dos Sem-Terra (MST) e de todos os grupos indígenas do país. Abreu, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), é criadora de gado e presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), patronal que representa os grandes produtores rurais do país. Mas além disso, como senadora e membro de um grupo que defende no parlamento os interesses dos fazendeiros, foi uma das vozes mais duras contra os programas de reforma agrária e a criação de novas reservas indígenas. EFE ed/ff

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