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Entenda como a guerra aérea da Rússia contra a Ucrânia mudou desde o início do conflito

Aeronaves da Otan monitoram mudanças na estratégia russa, que passou de bombardeios diretos para ataques com mísseis e drones

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A guerra aérea entre Rússia e Ucrânia evoluiu desde a invasão em 2022, inicialmente marcada por bombardeios diretos.
  • As defesas aéreas ucranianas causaram perdas significativas às forças russas, forçando uma mudança de estratégia.
  • Atualmente, a Rússia está lançando mísseis e drones de longa distância, evitando voar sobre o território ucraniano.
  • A Otan intensificou o monitoramento aéreo na Europa Oriental e a Ucrânia está pleiteando mais apoio em defesa aérea.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Aeronave E-3 da Otan acompanha a guerra aérea entre Rússia e Ucrânia Divulgação/Força Aérea dos EUA

No espaço aéreo da Polônia, aviões de vigilância da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), como o E-3 Sentry, acompanham de perto a guerra aérea entre a Rússia e a Ucrânia.

As informações obtidas por essas aeronaves, segundo o site de notícias norte-americano Business Insider, dão conta de que o conflito entre os dois países nos céus tem evoluído desde a invasão russa em larga escala ao território ucraniano, em 2022.


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No início da guerra, jatos e helicópteros russos cruzavam frequentemente o espaço aéreo ucraniano, apoiando o avanço das tropas terrestres. “Víamos muita atividade”, disse o Capitão Jasper, controlador de vigilância holandês, durante uma missão recente do E-3 sobre a Europa Oriental.

No entanto, as defesas aéreas ucranianas, que a Rússia não conseguiu neutralizar, causaram perdas significativas, o que forçou as tropas de Vladimir Putin a adotar uma mudança na estratégia.


Com o tempo, as linhas de frente se estabilizaram, e a guerra se tornou mais estática. Agora, os russos evitam voar sobre a Ucrânia, optando por lançar mísseis e drones de longa distância, disparados de áreas seguras, muitas vezes do leste do país.

Com os céus como um espaço de “negação”, onde nenhum dos lados domina, a Rússia tem intensificado os ataques com mísseis e drones, especialmente depois que drones furtivos ucranianos destruíram uma parte significativa da frota de bombardeiros de Vladimir Putin, no dia 1º de junho deste ano.


Vigilância da Otan

Os aviões E-3 Sentry, operados por tripulações multinacionais da Otan, são conhecidos como AWACS (Sistema de Alerta e Controle Aerotransportado). Eles são equipados com um radar de 360º que detecta aeronaves, navios e lançadores de mísseis a mais de 480 km.

Esses sistemas fornecem dados em tempo real para aliados, o que garante maior consciência situacional. “Nós voamos mais, oferecemos mais dissuasão”, disse o major Ben, oficial norte-americano responsável por coordenar caças.


Desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, a Otan intensificou suas patrulhas na Europa Oriental. Após a invasão de 2022, as missões de policiamento aéreo passaram de esporádicas a regulares, monitorando atividades russas no flanco oriental da aliança.

Mudanças no campo de batalha

Segundo o capitão Jasper, o poder aéreo russo foi crucial no início do conflito, mas perdeu força com a consolidação das linhas de frente. “Vemos mais voos de vigilância e reconhecimento, e menos atividade aérea na Ucrânia”, explicou.

As telas dos computadores a bordo do E-3 mostram aviões decolando e se afastando das linhas de frente após ataques, evitando aproximações devido aos sistemas de defesa aérea de ambos os lados.

O capitão Donny Demmers, oficial holandês, disse ao Business Insider que os ataques russos agora dependem de mísseis lançados a longa distância, enquanto a Ucrânia responde com sistemas antiaéreos sofisticados.

Essa dinâmica levou a uma guerra aérea mais remota, com menos combates diretos nos céus. Diante desse cenário, o presidente Volodymyr Zelensky tem solicitado mais sistemas de defesa aérea e munições aos aliados ocidentais para conter os intensos ataques russos.

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