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Entenda por que Elon Musk perdeu R$ 87 bilhões em um dia após queda de ações da Tesla

Apesar da perda, o empresário continua sendo o homem mais rico do mundo

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Elon Musk perdeu R$ 87 bilhões em 24 horas devido à queda de 8% das ações da Tesla.
  • A Tesla reportou lucros abaixo do esperado e uma queda de 12% na receita, o pior desempenho desde 2012.
  • A nova lei de Donald Trump eliminou o crédito fiscal para veículos elétricos, aumentando o pessimismo dos investidores.
  • Ainda assim, Musk permanece como o homem mais rico do mundo, enfrentando desafios operacionais e de imagem na Tesla.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Elon Musk afirmou que a empresa deve enfrentar “alguns trimestres difíceis” Reprodução/X/CoinOrbitX

Elon Musk perdeu R$ 87 bilhões em menos de 24 horas após as ações da Tesla despencarem mais de 8% na manhã desta quinta-feira (24). O recuo ocorreu um dia após a divulgação do balanço trimestral da montadora, que indicou queda na receita, lucros abaixo do esperado e sinais de dificuldades à frente. Com isso, o patrimônio de Musk caiu para US$ 398,9 bilhões, o equivalente a R$ 2,23 trilhões. A maior parte dessa fortuna está vinculada à fatia de 12% que ele detém da Tesla, avaliada em cerca de US$ 1 trilhão.

Durante a apresentação de resultados do segundo trimestre, Musk afirmou que a empresa deve enfrentar “alguns trimestres difíceis”. Ele alertou para uma fase de transição de pelo menos um ano, marcada pelo fim de incentivos fiscais para veículos elétricos nos Estados Unidos. O lucro ajustado da Tesla no período foi de US$ 0,40 por ação, abaixo das estimativas de analistas. A receita caiu 12%, somando US$ 22,5 bilhões, o pior desempenho desde 2012.


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Outro ponto que contribuiu para o pessimismo foi a nova lei aprovada pelo presidente Donald Trump, que elimina o crédito fiscal de US$ 7.500 para compradores de veículos elétricos a partir de setembro. A legislação também revoga normas federais de eficiência energética que geravam receita para a Tesla por meio da venda de créditos regulatórios a outras montadoras. Esses créditos somaram US$ 439 milhões no segundo trimestre, uma queda de 51% em um ano.

Ex-aliado de Trump, com quem trocou farpas e acusações nos últimos meses, Musk criticou a nova lei, classificando-a como “aberração nojenta”. O rompimento do bilionário com a Casa Branca coincidiu com críticas dos investidores da Tesla, que diziam que a atuação política de Musk estaria afetado a imagem da marca. A montadora vem perdendo apelo entre consumidores e enfrenta o envelhecimento de seu portfólio de produtos, ao mesmo tempo em que cresce a concorrência no mercado de veículos elétricos.


A empresa também relatou queda nas vendas em sua divisão de energia e impacto de US$ 300 milhões com tarifas. O CFO Vaibhav Taneja indicou que o peso dessas taxas deve aumentar nos próximos trimestres. Ainda assim, executivos insistem que a empresa está posicionada para uma virada com a aposta em robotáxis e veículos autônomos.

O serviço de robotáxis foi iniciado neste verão em Austin, no Texas, e deve ser expandido a outras regiões, dependendo de aprovações regulatórias. Musk afirmou que a Tesla pretende cobrir metade da população dos Estados Unidos com transporte autônomo até o fim do ano. No entanto, investidores demonstraram frustração com a falta de clareza sobre prazos e metas concretas. Também foram mencionados planos para lançar um novo modelo mais acessível, similar ao Model Y, após o fim dos incentivos fiscais.


Apesar da perda bilionária, Musk continua sendo o homem mais rico do mundo. Ele está à frente de Larry Ellison (Oracle), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon), segundo o ranking da Forbes. Ainda assim, o momento marca um ponto de inflexão para a Tesla, que pela primeira vez em anos enfrenta abertamente uma combinação de problemas operacionais, riscos regulatórios e desgaste de imagem.

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