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Equador decreta prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa

Promotores dizem que Correa e demais citados cometeram os crimes de recebimento de propina, formação de quadrilha e tráfico de influência 

Internacional|Do R7, com Agência EFE

Ex-presidente do Equador Rafael Correa
Ex-presidente do Equador Rafael Correa Ex-presidente do Equador Rafael Correa

A Justiça do Equador decretou nesta quinta-feira (8) a prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa pelo suposto envolvimento em um caso de recebimento de propina em licitações do governo.

Leia mais: Equador: presidente terá que depor em caso de programador sueco

A juíza federal Daniella Camacho atendeu ao pedido feito ontem pela procuradora-geral do Estado do Equador, Diana Salazar, que disse que a prisão preventiva de Correa seria "legal, constitucional e não arbitrária".

Salazar investiga um escândalo batizado como "Propinas 2012-2016" (antes chamado de "Arroz Verde"), no qual estariam envolvidos outras quatro importantes figuras do governo de Correa, que comandou o país entre 2007 e 2017.

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Um deles é o ex-vice-presidente Jorge Glas, que já está preso após ser condenado em um caso ligado à construtora brasileira Odebrecht. Ele e os outros três citados também tiveram suas prisões preventivas decretadas pela juíza Daniella Camacho.

Juíza Daniella Camacho
Juíza Daniella Camacho Juíza Daniella Camacho

Os promotores dizem ter provas que Correa e os demais citados cometeram os crimes de recebimento de propina, formação de quadrilha e tráfico de influência para financiar irregularmente o Aliança País (AP), movimento político liderado pelo ex-presidente até 2017.

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No caso de Correa, a juíza responsável pelo caso considerou que a prisão preventiva é uma medida adequada diante da impossibilidade da Justiça de fazê-lo responder ao processo. O ex-presidente vive na Bélgica desde maio de 2017, quando deixou o poder.

Na decisão, a magistrada ainda citou que pesa contra Correa uma ordem de captura por violação de medidas cautelares em um caso no qual ele é acusado de uma tentativa de sequestro do político opositor Fernando Balda, em 2012, na Colômbia.

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Correa responde a vários processos desde que deixou o poder no Equador, mas não foi condenado em nenhum deles. O ex-presidente se nega a voltar ao país porque se considera vítima de uma perseguição política orquestrada por seu sucessor no cargo, Lenín Moreno.

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Na mesma decisão, Camacho aplicou a mesma medida cautelar para o ex-vice-presidente Jorge Glas, eleito na chapa de Moreno para seguir no governo após a saída de Correa.

Glas está preso há quase dois anos após ser condenado por formação de quadrilha em um caso de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht. O ex-vice-presidente recorreu da decisão, e o recurso será julgado pela Justiça do Equador a partir de 11 de setembro.

As investigações contra Correa começaram após o site "Mil Hojas" revelar o escândalo que inicialmente foi batizado de "Arroz Verde" sobre o financiamento irregular do Aliança País no período em que o partido era liderado por Correa.

Várias empresas nacionais e estrangeiras, entre elas a Odebrecht, teriam pagado propinas a membros do movimento político.

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