Estado Islâmico sequestra 7 trabalhadores estrangeiros na Líbia
Internacional|Do R7
Trípoli, 7 mar (EFE).- Pelo menos sete trabalhadores estrangeiros foram sequestrados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no campo petrolífero de Al Ghani, situado na cidade de Al Zela, 750 quilômetros ao sudeste de Trípoli, informou à Agência Efe uma fonte do setor petroleiro. Segundo a fonte, as sete pessoas sequestradas trabalham para a empresa austríaca Faúsh, que se encarrega do financiamento dos prestadores de serviços de campos petrolíferos. A fonte acrescentou que os estrangeiros são um austríaco, um tcheco, quatro filipinos e outro de nacionalidade africana não especificada. Ontem, os jihadistas do EI realizaram um ataque mortal contra Al Ghani, no qual degolaram oito guardas da instalação petrolífera antes de serem expulsos pelas forças especiais que protegem estes campos desde a derrocada em 2011 do regime ditatorial de Muammar Kadafi. O porta-voz da Companhia Nacional de Petróleo da Líbia (CNP), Mohammed al Harari, explicou à Efe que um grupo desconhecido de homens armados tinha entrado na instalação e disparado contra as vítimas, a maioria delas agentes de segurança do campo, que tinha ficado envolto em chamas. Pouco depois do ataque, agentes de segurança líbios recuperaram o controle do campo de Al Ghani, situado 60 quilômetros ao norte da cidade de Al Zela. O ataque aconteceu poucas horas depois que a CNP pusesse em alerta máximo 11 campos petrolíferos do centro do país devido às reiteradas ameaças e ataques dos últimos dias, nos quais a situação de segurança se deteriorou e a continuidade da produção em alguns deles entrou em um período de maior incerteza. A Líbia é vítima da anarquia e da guerra civil desde que em 2011 foi derrubado o regime ditatorial de Muammar Kadafi. Há meses, dois governos, um considerado rebelde em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido em Tobruk, lutam para controlar o país e seus vastos recursos naturais, situação que grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico aproveitam para ampliar sua influência e poder territorial. EFE mak-no/rsd