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Fed corta juros pela segunda vez consecutiva e mantém sinais de cautela

Banco central dos EUA reduziu taxa em 0,25 ponto percentual pelo segundo mês seguido

Internacional|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O Fed cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, agora entre 3,75% e 4% ao ano.
  • Essa é a segunda redução consecutiva, após nove meses sem ajustes.
  • A decisão não foi unânime, com votos divergentes entre os membros do FOMC.
  • O Fed se mostra cauteloso, avaliando o impacto da inflação e da atividade econômica antes de novas reduções.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Jerome Powell preside o Fed, banco central americano Reprodução/Fed - 17.09.2025

O Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (29) a redução da taxa de juros em 0,25 ponto percentual, levando a faixa para 3,75% a 4% ao ano. Este é o segundo corte consecutivo em 2025, depois de um período de nove meses sem ajustes, quando a taxa foi ajustada para 4% a 4,25% em setembro.

A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) não foi unânime. O diretor Stephen Miran e o presidente da distrital de Kansas City, Jeffrey Schmid, registraram votos divergentes.


Miran defendeu um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Schmid preferiu manter os juros no nível anterior.

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O contexto econômico no país é marcado pela segunda maior paralisação do governo federal da história, que chegou ao 29º dia nesta quarta-feira, interrompendo a divulgação de dados oficiais importantes.


Por conta disso, o FOMC teve acesso apenas à leitura mensal do índice de preços ao consumidor referente a setembro.

Estímulo e prudência

Para o economista Bruno Corano, da Corano Capital, a decisão do Fed reflete um equilíbrio delicado entre estímulo e prudência. Ele destaca que a medida foi tomada em um contexto incomum de incerteza, em que o shutdown do governo americano limitou o acesso a dados essenciais sobre emprego, consumo e inflação, aumentando o risco de “erro de dosagem” na política monetária.


“Como destacou recentemente o próprio presidente Jerome Powell [presidente do Fed], cortar rápido demais pode reacender a inflação, agir tarde demais pode frear excessivamente a economia”, afirmou Corano.

Ele também alerta que as tarifas comerciais recentes têm produzido pressão sobre os preços de bens importados e industriais, resultando em uma inflação de custo mais difícil de controlar via juros, com efeito defasado ao longo dos próximos meses.


Segundo o economista, o Fed optou pelo corte gradual como forma de apoiar a atividade econômica sem perder o controle sobre o ciclo inflacionário, mantendo a possibilidade de pausar novas reduções caso os próximos dados indiquem aumento de preços.

Apesar dos cortes, o Fed sinaliza cautela quanto à política monetária, avaliando cuidadosamente os efeitos sobre a inflação e o crescimento econômico nos próximos meses.

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