Foto de Trump tirada na cadeia já estampa camisetas nos EUA

Mugshot também estampa canecas e adesivos vendidos pela campanha do republicano

25/08/2023 - 14h07 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h15)

Donald Trump é o primeiro ex-presidente dos EUA a ter uma mugshot — foto que a polícia norte-americana faz de todo prisioneiro — registrada. E ele já está tentando lucrar com a imagem.

O site oficial da campanha do pré-candidato republicano à Presidência dos EUA começou a vender na manhã desta sexta-feira camisetas, canecas e até adesivos com a foto de Trump tirada na prisão do condado de Fulton, no estado da Geórgia.

À venda apenas para residentes dos Estados Unidos, os produtos têm a foto de Trump e a frase “Never surrender!” (Jamais se renda, em português). Eles custam de US$ 12 (cerca de R$ 60, pelo par de adevisos) a US$ 34 (cerca de R$ 170, por camiseta de manga curta ou longa). Todo o valor será revertido para a campanha do candidato.

Mais cedo, Trump foi ao Twitter, rede social que ele não fazia postagens desde janeiro de 2021, e também divulgou a mugshot. A publicação teve mais de 111 milhões de visualizações e mais de 1 milhão de curtidas em apenas 10 horas.

A Justiça marcou nesta semana o julgamento de Donald Trump por subversão eleitoral para 4 de março de 2024.

O ex-presidente dos Estados Unidos também se declarou "não culpado", na quinta-feira (31), das acusações de ter liderado uma conspiração criminosa para reverter sua derrota nas eleições de 2020 no estado da Geórgia, no sul do país

Luiz Inácio Lula da Silva — Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018. Ele foi condenado em processos relacionados à operação Lava Jato. A condenação que levou à sua prisão foi relacionada ao caso do triplex em Guarujá, em que ele foi acusado de receber propina em forma de reformas no apartamento. Lula ficou preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba até novembro de 2019, quando foi solto, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que revisou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância

Alberto Fujimori — Em abril de 2009, o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão por mortes e sequestros que aconteceram durante seu mandato, que durou de 1990 a 2000. Na época de sua condenação, ele já estava preso havia dois anos. Porém, no fim do ano passado, sua prisão foi revista pelo Congresso, após uma série de acordos que envolveram sua filha Keiko Fujimori, que é líder da oposição no Congresso peruano

São Paulo, SP - 29.04.2022 - APAMAGIS - Associação Paulista de Magistrados promove debate sobre Arbitragem Conquistas e Desafios. Foto Edu Garcia/R7

Silvio Berlusconi — O ex-primeiro-ministro italiano, que morreu em junho deste ano, enfrentou mais de 20 processos nos tribunais italianos. Ele nunca foi condenado à prisão em presídios, mas, em 2013, ele foi condenado à prisão domiciliar por fraude fiscal. Berlusconi também possuía outras condenações, a sete anos de prisão, por manter relações com uma prostituta menor de idade e abuso de poder, mas ele poderia recorrer a outras instâncias dessas acusações

Park Geun-hye — A ex-presidente da Coreia do Sul foi presa em 2017, após ser destituída do cargo. Ela foi acusada de corrupção e tráfico de influência, após ser descoberto que sua amiga Choi Soon-sil, que nunca ocupou nenhum cargo oficial, aproveitava de sua influência como amiga da presidente para extorquir grandes empresas, como Samsung e Hyundai. Em 2018, Park Geun-hye foi condenada há 24 anos de prisão em uma sentença transmitida ao vivo.O país tem um histórico de líderes presos por corrupção. Os ex-presidentes Chun Doo-Hwan e Roh Tae-Woo foram presos nos anos 1990, e o ex-presidente Roh Moo-Hyun cometeu suicídio quando descobriu que ele e a família estavam sendo investigados por corrupção

Manuel Noriega — O ex-ditador panamenho Manuel Noriega praticamente morreu atrás das grades, em 2017. Ele governou o país caribenho com mãos de ferro por seis anos e passou mais de 30 anos na cadeia, condenado por sua ligação com o narcotráfico. Noriega foi alçado ao poder graças aos EUA, mesmo país que o condenou à prisão perpétua

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