Governistas e opositores saem às ruas do Egito no 1º aniversário de Mursi no poder
Opositores pedem a renúncia do presidente islamita; confrontos são esperados
Internacional|Do R7

Manifestantes contrários ao presidente islamita Mohamed Mursi se reuniam neste domingo (30) no Egito para exigir a renúncia do chefe de Estado. Os partidários do governo também estão mobilizados, o que provoca o temor de uma explosão de violência no aniversário de um ano de Mursi no poder.
No Cairo, os manifestantes seguiam para praça Tahrir, onde centenas de pessoas passaram a noite, antes do grande ato programado para a tarde de domingo para exigir a renúncia de Mursi.
Antes da manifestação, organizada no dia em que a posse de Mursi como presidente completa um ano, os opositores instalaram barracas e exibiram faixas contra o presidente na praça, símbolo da revolta que derrubou o então líder Hosni Mubarak em 2011 (após 30 anos no poder).
Opositores dizem ter mais de 22 milhões de assinaturas contra Mursi
Outros manifestantes anti-Mursi pretendem seguir até o palácio presidencial no bairro de Heliópolis, na capital, o que também eleva o risco de confrontos.
Ao mesmo tempo, os simpatizantes do presidente islamita prosseguiam com um ato de apoio no bairro de Nasr City, perto de Heliópolis, para defender a "legitimidade" do primeiro presidente civil e islamita eleito no país.
O Partido da Liberdade e Justiça, o braço político da Irmandade Muçulmana, que levou Mursi ao poder, convocou uma "mobilização geral" para defender o chefe de Estado.
Para evitar distúrbios, o Exército e a polícia estão mobilizados em todo o país, reforçando a proteção de instalações vitais, em especial o Canal de Suez.
Desde quarta-feira, atos de violência em Alexandria e nas Províncias do Delta do Nilo entre partidários e opositores de Mursi deixaram oito mortos, incluindo um americano.
O que acontece no mundo passa por aqui
Moda, esportes, política, TV: as notícias mais quentes do dia