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Grevistas da Colômbia aumentam exigências

Os organizadores das greves consideram a possibilidade de retomar as conversas de paz com rebeldes de esquerda

Internacional|

Manifestando com bandeira da Colômbia durante protesto
Manifestando com bandeira da Colômbia durante protesto Manifestando com bandeira da Colômbia durante protesto

Os organizadores de greves contra as políticas do presidente da Colômbia, Iván Duque, estão exigindo novas condições para dialogar com o governo, incluindo a possibilidade de retomar as conversas de paz com rebeldes de esquerda.

Ao longo dos últimos oito dias, os manifestantes protestaram contra planos econômicos que Duque nega apoiar, como o aumento da idade de aposentadoria e um corte no salário mínimo dos jovens. Eles também estão revoltados com o que veem como uma falta de ação do governo para deter a corrupção e com o assassinato de centenas de ativistas de direitos humanos.

O número de manifestantes diminuiu em relação aos 250 mil de uma passeata da semana passada, mas partidos de oposição no Congresso já estão insuflando protestos para pressionar Duque em reação à sua proposta de reforma tributária.

Duque iniciou um "grande diálogo nacional" em reação às manifestações, reunindo-se com líderes empresariais, grupos estudantis e, brevemente, com sindicatos.

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Mas o Comitê Nacional de Greve, composto de grandes sindicatos e organizações estudantis, disse em uma carta enviada a Duque na quinta-feira que seu diálogo "não atende estas exigências mínimas, e por isso não permite avanços".

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"Propomos... a formação de um Diálogo Nacional pluralista e diversificado", disse a carta, exigindo que o governo implante acordos anteriores firmados com grupos indígenas e estudantis.

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A carta também pediu a "implementação completa do acordo de paz final e a exploração da possibilidade de retomar o diálogo com o ELN", referindo-se a um acordo de paz de 2016 com rebeldes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e as conversas fracassadas com o ainda ativo Exército de Libertação Nacional (ELN).

O documento também demanda que o governo adote ações para deter os assassinatos de ativistas e ex-combatentes das Farc, combater a corrupção e proteger o meio ambiente.

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Os protestos se ampliaram nos últimos dias para incluir a suposta violência policial depois que um manifestante de 18 anos foi morto por um projétil disparado pelo batalhão de choque. A carta pediu o fim de "toda ação violenta contra passeatas pacíficas".

Duque suspendeu as conversas com o ELN, considerado pelos Estados Unidos e pela União Europeia uma organização terrorista, depois de tomar posse.

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