Hackers russos atacam empresa em que filho de Biden trabalhou
Os ataques contra a Burisma começaram em novembro de 2019, depois de a oposição democrata iniciar um processo de impeachment contra Trump
Internacional|Do R7, com agência EFE
Hackers russos atacaram a empresa ucraniana para a qual trabalhava o filho de Joe Biden, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e um dos favoritos nas primárias do Partido Democrata para enfrentar Donald Trump nas eleições de 2020.
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As informações são do jornal The New York Times, que afirma que os hackers seriam ligados ao Departamento Central de Inteligência da Rússia (GRU) e teriam atacado a Burisma, uma das maiores produtoras de gás natural da Ucrânia e para a qual Hunter Biden trabalhou entre 2014 e 2019.
Segundo o Times, os ataques contra a Burisma começaram em novembro do ano passado, pouco depois de a oposição democrata iniciar um processo de impeachment contra Trump.
Especialistas citados pelo jornal afirmam que o objetivo dos hackers russos era obter informações capazes de prejudicar a família de Biden, um dos mais cotados para enfrentar Trump no pleito de novembro.
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Os hackers teriam, de acordo com o Times, usado diferentes técnicas para roubar informações da Burisma. Por exemplo, criaram sites falsos que se pareciam com páginas usadas pelos sistemas da empresa. Alguns funcionários também receberam e-mails que se pareciam com os enviados internamente.
O Times considera que os ataques se parecem com os sofridos pela campanha de Hillary Clinton e pelo Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) durante a campanha presidencial de 2016.
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As agências de inteligência dos EUA afirmam que a ordem de influenciar as eleições americanas, vencidas por Trump, veio do próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin. O Kremlin e a Casa Branca negam ter havido qualquer tipo de conluio.
O processo de impeachment de Trump gira em torno da hipótese de ele ter pressionado o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, a abrir uma investigação por corrupção contra a família Biden. O objetivo seria prejudicá-los na campanha eleitoral deste ano.
O caso deve ser enviado em breve ao Senado, que julgará se Trump continua ou não no cargo. É pouco provável que o presidente americano seja afastado, já que a casa é controlada por uma maioria republicana. EFE