Um homem de 37 anos encontrou o corpo mumificado de um bebê quando limpava o congelador de sua mãe após a morte da mesma na cidade de Saint Louis (Missouri), nos Estados Unidos, informou nesta terça-feira (30) a imprensa local.
Adam Smith disse ao jornal The St.Louis Post-Dispatch que ele e sua irmã, de 45 anos, sempre questionaram o que a mãe guardava em uma caixa de papelão que havia no congelador e encontraram a resposta quando limpavam o apartamento no qual a mulher viveu durante mais de 20 anos.
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A mãe de Smith, Barbara, tinha 68 anos e morreu em 21 de julho em consequência de um câncer.
"O corpo ainda tinha pele e cabelo (...) Estava mumificado", disse Smith.
Quando o homem encontrou a caixa no domingo, lembrou que a mesma permaneceu no congelador da casa de sua mãe durante anos e que ela tinha dito para ele que jamais a abrisse.
"Tenho 37 anos e a caixa ficou no congelador durante todo esse tempo. Ela sempre me disse que continha a parte de cima de um bolo de casamento", disse Smith.
O homem tirou uma foto e disse à namorada que iria abrir a caixa esperando encontrar o bolo de casamento de sua mãe, ou talvez dinheiro, porque a mulher nunca teve uma conta bancária.
Por outro lado, Smith encontrou os restos mumificados de um recém-nascido do sexo feminino.
O homem imediatamente ligou para a polícia, que agora investiga o caso como uma "morte suspeita". Smith foi interrogado durante duas horas e entregou aos agentes uma amostra de seu DNA para que seja feita uma comparação genética com o bebê.
"Até em seu leito de morte, (ela) nunca me disse o que havia na caixa", disse Smith ao jornal. "Isso me faz pensar que talvez ela tenha feito algo com este bebê e não queria dizer a ninguém por medo", acrescentou o homem.
Segundo Smith, sua mãe chegou a falar em algum momento sobre a interrupção de uma gravidez antes de seu nascimento, mas ela era muito reservada e nunca deu mais detalhes sobre esse assunto.
Apenas recentemente Smith foi informado por outro parente que sua mãe tinha tido gêmeos e que um morreu ao nascer e o outro foi dado para adoção.
"Agora tenho que esperar os resultados da autópsia para ver se esse bebê chegou a respirar", declarou Smith.
Em entrevista à estação de televisão local "KMOV", Smith disse que agora tem que digerir o fato de que, "durante toda a sua vida", comeu alimentos de um refrigerador onde possivelmente estava armazenada "sua irmã congelada".
Se o corpo congelado é de uma irmã que morreu antes que ele nascesse, isso significa que provavelmente ficou dentro do refrigerador por cerca de 40 anos.