Irã aplaude decisão da Síria de se juntar ao tratado sobre armas químicas
Internacional|Do R7
Moscou, 13 set (EFE).- O novo presidente do Irã, Hassan Rohani, aplaudiu nesta sexta-feira a decisão da Síria de assinar a Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas (CIPAQ). "O Irã, que é a maior vítima do uso das armas químicas, é contrário à produção, armazenamento e uso de tais armas e defende o fim de todos os tipos de armas de destruição em massa", declarou o líder iraniano, na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai em Biskek, capital do Quirguistão. "Consideramos a iniciativa russa e as declarações da Síria sobre sua adesão à Convenção um bom início para se atingir esse objetivo", afirmou. Rohani, que chegou ontem à capital do Quirguistão em sua primeira viagem ao exterior como presidente desde que assumiu a chefia do governo no dia 4 de agosto, se mostrou também contrário a uma intervenção militar no conflito sírio. "A resolução da catástrofe humanitária na Síria através da negociação política só será possível sem uma intervenção do exterior", afirmou o presidente. No mesmo tom se manifestou o presidente russo, Vladimir Putin, que expressou sua esperança de que a decisão do governo de Damasco será um "passo muito importante no caminho para uma solução da crise síria". O presidente da China, Xi Jinping, também mostrou o apoio de seu país à proposta russa de submeter o arsenal químico da Síria ao controle internacional para evitar um ataque dos EUA e de seus aliados contra alvos sírios em represália pelo suposto uso de armas químicas contra civis. Xi se reuniu ontem com Rohani e elogiou "os sinais positivos" do novo governo iraniano, ao afirmar que o programa nuclear, que continua sendo questionado pelo Ocidente sobre seus fins pacíficos, é "um tema vital" tanto para os interesses do Irã, como para a estabilidade regional. Com isso, o líder iraniano pediu hoje que a Comunidade Internacional respeite o direito de seu país enriquecer urânio e assegurou que está disposto a garantir o caráter pacífico de seu programa nuclear, no curto prazo, tendo a "confiança mútua" como condição. EFE vm/rpr