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Israel e Líbano chegam a acordo sobre disputa de fronteira marítima

Em negociação mediada pelos Estados Unidos, os dois países chegaram a um consenso sobre a divisão de área rica em gás 

Internacional|Do R7

Região marítima é alvo de disputa entre israelenses e libaneses
Região marítima é alvo de disputa entre israelenses e libaneses Região marítima é alvo de disputa entre israelenses e libaneses

Israel e o Líbano chegaram a um acordo "histórico", intermediado pelos Estados Unidos, para resolver uma antiga disputa sobre as fronteiras marítimas, que pode desbloquear a exploração de recursos de gás na área, comemorou o primeiro-ministro israelense Yair Lapid nesta terça-feira (11).

"Israel e Líbano chegaram a um acordo histórico que resolve a disputa marítima", disse um comunicado do escritório de Lapid, que chamou o acerto de "um marco histórico que fortalecerá a segurança de Israel".

A Presidência do Líbano havia dito anteriormente que a proposta final apresentada pelo representante dos EUA, Amos Hochstein, era "satisfatória para o Líbano" e que esperava anunciar os limites acordados "o mais rápido possível".

Os Estados Unidos estão mediando há dois anos o tratado entre esses vizinhos sem relações diplomáticas, para resolver a disputa fronteiriça em uma área do Mediterrâneo rica em recursos de gás. Seu enviado, Amos Hochstein, apresentou uma proposta no início deste mês, que parecia ter sido bem recebida por ambos os lados.

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Embora o pacto parecesse ruir depois que Israel rejeitou as emendas de Beirute, as negociações continuaram até que um acordo final fosse selado.

"Todas as nossas demandas foram atendidas, as mudanças que pedimos foram corrigidas. Protegemos os interesses de segurança de Israel e estamos a caminho de um acordo histórico", disse o principal negociador de Israel, Eyal Hulata, em nota nesta terça-feira.

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O anúncio ocorre 20 dias antes do fim do mandato presidencial do presidente libanês Michel Aoun, data que coincide com as eleições legislativas israelenses, em 1º de novembro — que pode significar o retorno ao poder de Benjamin Netanyahu, com aliados ultraortodoxos e de extrema-direita.

"Este não é um acordo histórico, mas uma capitulação histórica", disse Netanyahu em uma declaração ao vivo no Facebook, acusando Lapid de ter cedido ao movimento armado libanês Hezbollah e ao líder Hassan Nasrallah, que também deve falar nesta terça-feira.

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O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, saudou a decisão do Líbano de apoiar um acordo "positivo para os dois lados", apesar das ameaças do Hezbollah de prejudicá-lo. "Não o fizemos e não vamos abrir mão de um milímetro que seja considerado crítico para nossa segurança", declarou.

De acordo com a imprensa e os responsáveis pela negociação, a proposta prevê que Israel deixe o campo de Karish, sob seu controle, e ceda ao Líbano o campo de gás de Qana, localizado mais a nordeste.

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No entanto, uma parte desse depósito ultrapassará a linha de fronteira entre os dois países, com a qual Israel levaria parte dos benefícios da exploração, indicaram essas fontes.

Líbano e Israel ainda estão tecnicamente em guerra e não têm relações diplomáticas. A fronteira terrestre é patrulhada pelas Nações Unidas.

Em um contexto de escassez de gás na Europa, devido à invasão da Ucrânia, Israel quer iniciar a exploração em Karish quanto antes, para exportar a commodity para o velho continente. No domingo (9), uma empresa britânica iniciou testes para conectar esse campo offshore com Israel.

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