Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Líderes mundiais comentam cessar-fogo entre Israel e terroristas do Hamas

Trump comemora enquanto gabinete de Netanyahu fala em “pontos não resolvidos”

Internacional|Do R7

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, entretanto, que “vários pontos não resolvidos permanecem” no acordo de cessar-fogo. Reprodução/Jornal da Record

O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas acertaram nesta quarta-feira (15) o pacto de cessar-fogo inicial de seis semanas. Após 467 dias de conflito, a previsão é de que o acordo entre em vigor neste domingo (19), após mediações do Catar, Egito e Estados Unidos.

O anúncio do cessar-fogo foi adiantado por negociadores à agências internacionais de notícias, e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, também se pronunciou antes da divulgação oficial do acordo.

“Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve. Obrigado”, disse Trump na rede Truth Social.

Cerca de duas horas depois do comentário de Trump, Biden comentou a aprovação do acordo na rede social X, antigo Twitter. O democrata, que deixa o cargo na próxima segunda (20), reivindicou o crédito da negociação e citou a equipe diplomática que compõe o atual governo.


“Hoje, depois de muitos meses de diplomacia intensiva pelos Estados Unidos, junto com Egito e Qatar, Israel e Hamas chegaram a um cessar-fogo e acordo de reféns. Minha diplomacia nunca cessou seus esforços para fazer isso – falarei mais sobre isso em breve”, escreveu Biden.

Outros líderes mundiais também se pronunciaram após a oficialização da aprovação do acordo. Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido disse que “após meses de derramamento de sangue devastador e inúmeras vidas perdidas, esta é a notícia há muito esperada que o povo israelense e palestino esperava desesperadamente”.


“Para os palestinos inocentes cujas casas se transformaram em uma zona de guerra da noite para o dia e para os muitos que perderam suas vidas, este cessar-fogo deve permitir um grande aumento na ajuda humanitária, que é tão desesperadamente necessária para acabar com o sofrimento em Gaza. E então nossa atenção deve se voltar para como garantir um futuro permanentemente melhor para o povo israelense e palestino”, completou o premiê britânico.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, entretanto, que “vários pontos não resolvidos permanecem” no acordo de cessar-fogo e libertação de reféns para a Faixa de Gaza, mas espera que sejam resolvidos nesta noite.


O cessar-fogo foi anunciado em Doha pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman. O país foi um dos mediadores das negociações, junto de Egito e Estados Unidos. Durante o anúncio oficial, Abdulrahman pediu para que todas as partes cumpram o que foi acordado.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, celebrou o acordo e reforçou que as partes envolvidas devem garantir que os termos sejam totalmente implementados.

Numa breve declaração à imprensa, na sede da ONU em Nova Iorque, Guterres indicou que a prioridade a partir de agora deve ser “aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito”.

“As Nações Unidas estão prontas para apoiar a implementação deste acordo e aumentar a entrega de ajuda humanitária sustentada aos inúmeros palestinianos que continuam a sofrer”, afirmou o secretário.

Próximos passos

Segundo o correspondente da BBC em Gaza, Rushdi Abualouf, o acordo permitirá que centenas de milhares de pessoas deslocadas voltem para suas casas, vilas e cidades na Faixa de Gaza. O acordo incluiria a entrada de 600 caminhões de ajuda humanitária por dia com suprimentos médicos vindos da fronteira de Rafah com o Egito.

Também devem estar inclusos 50 caminhões de combustível para operar os hospitais que ainda estão funcionando, consertar as estações de energia e reparar os sistemas de esgoto e água.

Logo após a notícia do cessar-fogo, moradores de Gaza e de Israel foram para as ruas celebrar o acordo. Centenas de pessoas estavam nas ruas de Tel Aviv na noite desta quarta após o anúncio do cessar-fogo. Ao menos uma manifestação, em frente ao Ministério da Defesa de Israel, já estava em curso quando a mídia israelense antecipou a notícia.

A trégua prevê uma troca inicial de 33 reféns (incluindo mulheres, crianças, doentes e homens com mais de 55 anos de idade) por prisioneiros palestinos. Eles serão libertados gradualmente em um período de 42 dias. As Forças Armadas de Israel também permitirão que a população de Gaza atravesse da parte sul da Faixa para o norte durante a primeira fase do cessar-fogo.

No 16º dia do acordo, serão iniciadas as negociações para a implementação da segunda fase, que incluirá a libertação de mais 65 reféns israelenses. À medida que o acordo avançar, as forças de Israel se retirarão para uma zona de amortecimento dentro da Faixa de Gaza, estabelecendo-se entre a população do enclave e os assentamentos da fronteira israelense.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.