Liga Árabe anuncia apoio total a coalizão contra houthis no Iêmen
Operação é contra alvos determinados pelos houthis e em resposta ao pedido do presidente
Internacional|Do R7
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, anunciou nesta quinta-feira (26) o apoio total do órgão à coalizão de países árabes, liderada pela Arábia Saudita, contra o movimento xiita dos houthis no Iêmen.
Arabi justificou que a operação militar "Tempestade da Firmeza" é parte de "uma ampla aliança árabe e regional contra alvos determinados pelos houthis golpistas, e em resposta ao pedido do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, que representa a legitimidade".
A declaração foi feita no discurso de abertura da reunião de ministros árabes de Relações Exteriores, prévia à cúpula de chefes de Estado prevista para este fim de semana na cidade turística de Sharm el- Sheikh, no Egito.
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Arabi indicou que a campanha militar aconteceu "depois do fracasso de todas as tentativas para conter a milícia dos houthis, e pela série de medidas que adotaram contra a legitimidade constitucional e a vontade popular".
Ele lembrou que a operação se baseia no pacto da Liga Árabe e nas resoluções adotadas em relação a situação iemenita, e também a um artigo do Tratado de Defesa Comum, que estipula que uma agressão a um país árabe representa um ataque a todos os outros estados árabes.
O ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Shukri, disse que seu país participará da coalizão com "força aérea, marítima e terrestre se a situação exigir, com base na responsabilidade histórica que o Egito tem pela segurança árabe e do Golfo Pérsico".
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar e Bahrein decidiram esta madrugada responder ao pedido do presidente iemenita de atuar militarmente para conter o avanço dos rebeldes houthis. A esta coalizão dos países do Golfo se uniram outros países árabes como Egito, Jordânia e Sudão.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou o envio de apoio logístico e de inteligência à intervenção árabe, embora ressaltou que as forças americanas não terão uma ação militar direta.