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Lukashenko vence eleições e amplia seu governo de 31 anos

Em meio a alegações de fraude eleitoral e repressão à oposição, a vitória do líder bielorrusso é ignorada pela União Europeia e pelos Estados Unidos

Internacional|Do R7

Presidente Alexander Lukashenko foi sancionado pela União Europeia
Presidente Alexander Lukashenko foi sancionado pela União Europeia Reprodução

Nesta segunda-feira (27), o líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, venceu as eleições presidenciais e estendeu seu governo de 31 anos após uma vitória esmagadora, conforme os resultados preliminares divulgados. No entanto, governos ocidentais rejeitaram o pleito.

De acordo com a Reuters, Igor Karpenko, chefe da Comissão Eleitoral Central da Bielorrússia, anunciou a renovação do mandato de Lukashenko, declarando: “Vocês podem parabenizar a República da Bielorrússia, nós elegemos um presidente.”

Os resultados das eleições foram divulgados por meio do Telegram da Comissão Eleitoral Central. Lukashenko obteve 86,8% dos votos na eleição de domingo. Após a divulgação, opositores políticos afirmaram que a votação foi injusta, alegando que a mídia independente no país é proibida e que as principais figuras da oposição foram ou presas em colônias penais ou forçadas a se exilar.

O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radosław Sikorski, expressou surpresa com o fato de “apenas” 87,6% do eleitorado aparentemente apoiar Lukashenko. “O restante caberá dentro das prisões?”, questionou no X. Sobre a prisão de seus opositores, Lukashenko afirmou que eles “escolheram” seu destino.


Aliança com Putin


Tanto a União Europeia quanto os Estados Unidos declararam que não reconhecerão Lukashenko como o líder legítimo da Bielorrússia. A razão é que, em 2020, ele utilizou o exército para reprimir protestos em massa. O povo foi às ruas para protestar contra alegações de fraude eleitoral, com os governos ocidentais apoiando a ex-candidata à presidência, Sviatlana Tsikhanouskaya, que afirmou que Lukashenko havia manipulado os resultados para garantir sua vitória.

Centenas de pessoas foram presas durante os protestos. O grupo de direitos humanos Viasna, que foi banido como uma organização “extremista”, relatou que ainda há cerca de 1.250 prisioneiros políticos.


Lukashenko, por sua vez, libertou mais de 250 presos em 2024, alegando motivos humanitários. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou no domingo que a Bielorrússia havia “acabado de libertar unilateralmente uma americana inocente”, identificada como Anastassia Nuhfer, embora não tenha fornecido mais detalhes sobre o caso, que não havia sido amplamente divulgado até então.

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