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Milhares de manifestantes seguem em passeata rumo ao Maracanã

Internacional|Do R7

(Atualiza com declarações e mais detalhes) Rio de Janeiro, 30 jun (EFE).- Milhares de pessoas que protestam no Rio de Janeiro contra a Copa das Confederações iniciaram uma passeata em direção ao estádio do Maracanã, onde às 19h deste domingo as seleções de Brasil e Espanha vão disputar a final do torneio. Os manifestantes se concentraram na Praça Saens Peña, no bairro de Tijuca, a cerca de dois quilômetros do estádio, e começaram a passeata em meio a aplausos de moradores da região que foram às janelas e varandas para mostrar apoio. O protesto, até agora sem incidentes como confrontos ou detenções, continua agora na praça Afonso Pena, a um quilômetro do Maracanã. Segundo cálculos da Polícia, participam da manifestação 4.000 pessoas. Já segundo os organizadores, do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, são 5.000 presentes. Um dos membros da organização do protesto, o estudante Marcus Lanes, acusou o governo brasileiro de ter cedido indiscriminadamente às exigências da Fifa. "O governo aceitou se submeter às regras da Fifa, se submeteu a investir milhões em estádios, quando deveria investir milhões em educação, milhões em saúde", disse Lanes à Agencia Efe. O ativista declarou que para organizar o Mundial, o governo "está tirando" recursos do povo para dar "a uma elite que vai ver a Copa" e "a uma empresa", a Fifa, "que já tem milhões e não investe no país, nem na população". Outro manifestante, o estudante Walter Alves, denunciou as "centenas" de despejos que em favelas do Rio por causa da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016. "Estão tirando as pessoas de suas casas. No morro da Providência, demoliram cem casas. Chega alguém com o símbolo da Prefeitura, põe um adesivo, como na época da colônia, e um dia depois essa casa está demolida", relatou. Os desalojamentos e os altos preços dos ingressos da Copa das Confederações, segundo Alves, respondem a uma tentativa de "silenciar os pobres e o povo negro". "No Rio de Janeiro, a pobreza é racial. Os pobres estavam antes representados na Maracanã, agora o Maracanã é um mar verde-amarelo e branco", disse o estudante de História. Vitor Mariano, estududante de serviço social e membro da organização do protesto de hoje, disse que outras pautas do comitê do qual faz parte são a oposição à privatização do Maracanã e a exigência da democratização dos meios de comunicação, que segundo ele "cobrem as manifestações de forma equivocada". Este protesto é uma das duas manifestações anunciadas para hoje pelos movimentos sociais que há três semanas ocupam ruas do Brasil para exigir melhores serviços públicos e expressar sua rejeição aos elevados gastos públicos no torneio organizado pela Fifa, entre muitas outras reivindicações. A fim de garantir a segurança na zona do estádio, as autoridades mobilizaram um contingente de 10,6 mil policiais e 7,4 mil militares. A maior parte dessa força de segurança está nos arredores do estádio. EFE mp-ed-rsd/id (foto)(vídeo)

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