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Ministra negra da Itália diz que não se sente "discriminada"

Internacional|Do R7

Cali (Colômbia), 13 set (EFE).- A ministra de Integração da Itália, Cecile Kyenge, de origem congolesa, afirmou nesta sexta-feira que apesar das ofensas recebidas pela cor de pele não se sente "discriminada". Kyenge fez estas declarações em entrevista coletiva durante sua participação na III Cúpula Mundial de Prefeitos e Líderes afrodescendentes que será realizada até 16 de setembro na cidade de Cali, na Colômbia, e seguirá nos dias 17 e 18 na cidade de Cartagena de Indias. "Eu não me sinto discriminada, meu modo de pensar é diverso", disse a ministra ao assinalar que como personagem público está exposta a distintas opiniões sobre suas ações e isso enriquece a democracia. "Eu sigo com minhas funções". Kyenge foi objeto de ataques verbais por parte do vice-presidente do Senado italiano, Roberto Calderoli, que a comparou com um orangotango, e outras ofensas das quais foi objeto duas semanas depois, quando um desconhecido lançou duas bananas contra ela. "Quando me atiraram as bananas pensei que era um desperdício, já que tem tanta gente passando fome em plena crise econômica. Para mim é um pecado tirar tanta comida, fiquei bem triste", disse. Além disso, a ministra brincou com o fato de que ela estava sentada quando jogaram as bananas, mas as "pessoas que estavam de pé poderiam tropeçar e se machucar". A titular italiana de Integração explicou que seu trabalho está fundamentado na defesa dos direitos dos cidadãos, que é complementado com uma campanha para lutar contra o racismo e para sensibilizar a sociedade com atividades de integração que são feitas "em família, através dos esportes e no trabalho". Neste sentido, a ministra considerou que na Europa falta consciência sobre a história do continente, em alusão aos vínculos com a África. A ministra foi homenageada ontem durante a inauguração da cúpula pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que destacou durante seu discurso que desde 2011 seu país conta com uma lei que condena as atitudes racistas e xenófobas. Precisamente, Kyenge ressaltou o direito como um mecanismo que reforça a luta contra as atitudes de discriminação e disse aos afrocolombianos que "podem estar orgulhosos dessa iniciativa". A ministra de origem congolês é uma dos 350 líderes afrodescendentes internacionais que participam deste encontro, que nesta terceira edição tem como objetivo unir os líderes negros do mundo e buscar ferramentas para garantir o desenvolvimento econômico destes povos. EFE agp/ff (foto)

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