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Negociação nuclear com Irã se prolongará até o final de junho de 2015

Internacional|Do R7

(Acrescenta mais informação e declarações de Hammond e Steinmeier) Viena, 24 nov (EFE).- As grandes potências e o Irã chegaram nesta segunda-feira em Viena, na Áustria, a um acordo para seguir negociando até o final de julho de 2015 um pacto que garanta que Teerã não poderá fabricar armas atômicas, informou o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond. "Fizemos grandes avanços, não podemos parar agora. Estamos começando a nos entender", declarou Hammond após quase uma semana de negociações diplomáticas. O ministro ressaltou que é importante "manter o ímpeto" atual para conseguir um acordo e informou que as equipes de negociação voltariam a se encontrar em dezembro. Hammond afirmou que, durante a extensão das negociações, o Irã poderá chegar a cerca de US$ 700 milhões mensais de ativos bloqueados procedentes da venda de seu petróleo. "As obrigações do Irã sob o plano de ação conjunta (assinado em novembro de 2013 em Genebra) continuam e o acesso aos bens congelados continuará sobre a mesma base. Haverá mais reuniões em dezembro. Nosso objetivo é chegar a um acordo nos próximos três meses ou algo assim", disse Hammond. Todos os demais aspectos técnicos devem ser esclarecidos até o dia 1º de julho. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, comentou que as partes não chegaram "tão longe como o esperado", mas ressaltou que "há novas ideias sobre a mesa". Temos que aproveitar o impulso que houve aqui, em Viena, não para fazer pausas, e sim para continuar negociando de forma intensa nos próximos dias e semanas", enfatizou. No entanto, Steinmeier afirmou que a negociação não pode ser durar para sempre. "Por isso dissemos que podemos levar alguns poucos meses para chegar ao nosso objetivo de um acordo, que ainda está pendente de alguns detalhes técnicos", declarou. Steinmeier disse que as grandes potências que negociam com o Irã - EUA, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha - não só têm uma responsabilidade com elas próprias, mas também com muitos países, especialmente os do Oriente Médio, que têm "preocupações" a respeito do programa atômico iraniano. Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França, disse à imprensa que a comunidade internacional "precisa de mais tempo" para poder analisar as novas propostas. "Decidimos um prolongamento das negociações para buscar um acordo, um acordo crível. Novas ideias foram apresentadas nos últimos dias e isso necessita evidentemente uma análise muito técnica porque são questões muito complexas. Precisamos de mais tempo para analisar isso", precisou. Os ministros das Relações Exteriores e equipes de negociação da seis potências do Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Alemanha, França e Reino Unido) e o Irã tentaram desde terça-feira um acordo para dar fim a uma disputa com o Irã que já dura 12 anos. O G5+1 começou há um ano um processo de negociação com o Irã. O objetivo é limitar o programa nuclear do país, de modo que seja apto para atividades civis, mas que não possa desenvolver uma bomba em um prazo de, pelo menos, um ano. O esforço dessa negociação deu início a uma novela na qual o Irã se comprometeu a paralisar parte de seu programa nuclear em troca de uma certa atenuação das sanções internacionais que assolam a economia do país. Os seis meses de prazo desse processo foram prorrogados em julho, quando a data limite para se chegar a um acordo foi adiada para 24 de novembro. Agora, o prazo foi extendido para o fim de junho de 2015. A quantidade de combustível nuclear, para uso militar e civil, que o Irã terá permissão para produzir, a suspensão das sanções e o tempo que o programa deverá ser submetido a intenso controle são os principais temas que ainda impedem um acordo. EFE ll-as-jk/vnm

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