Obama ordena sanções contra moeda e setor automotivo do Irã
As medidas são parte do compromisso do presidente americano para evitar que o Irã adquira uma arma nuclear
Internacional|Do R7
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta segunda-feira (3) uma ordem executiva com novas sanções ao Irã dirigidas a pressionar sua moeda, o rial, e seu setor automotivo, informou a Casa Branca.
As sanções estão focadas em "isolar o governo iraniano pelo contínuo descumprimento de suas obrigações internacionais", indicou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. É a primeira vez que o rial é objeto de sanções diretas por parte do governo americano.
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Com a ordem executiva assinada por Obama, está autorizada a imposição de sanções "a instituições financeiras estrangeiras que com pleno conhecimento realizem ou facilitem transações significativas para a compra ou venda de rial iraniano".
Em relação ao setor automotivo, as novas sanções penalizam a venda, provisão ou transferência de bens ou serviços para a montagem no Irã de veículos leves e pesados, de acordo com a Casa Branca. A ordem presidencial contempla também sanções para aqueles que proporcionem "apoio material" a pessoas ou entidades iranianas previamente sancionadas pelas autoridades americanas.
"As medidas adotadas hoje são parte do compromisso do presidente Obama para evitar que o Irã adquira uma arma nuclear", explicou Carney no comunicado.
À medida que aumenta a pressão sobre o governo iraniano "temos a porta aberta a uma solução diplomática", disse o porta-voz de Obama ao ressaltar, no entanto, que o tempo para negociar "não é ilimitado".
Na semana passada, os EUA anunciaram novas sanções contra várias companhias da indústria petroquímica do Irã, considerada a segunda fonte de receita do governo iraniano, dentro de sua campanha de pressão a Teerã em relação ao seu programa nuclear.
Essas sanções acontecem um dia depois de o Departamento do Tesouro anunciar que permitirá a exportação de telefones celulares e outros aparelhos de comunicação para favorecer os cidadãos iranianos, ao suspender uma proibição que estava em vigor desde 1992.
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