Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Ofensiva do EI na Líbia tenta recuperar terreno perdido perante Al Qaeda

Internacional|Do R7

Trípoli, 16 jun (EFE).- A braço líbio do grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI) lançou um contra-ofensiva para recuperar o terreno perdido para a Al Qaeda na cidade de Derna, no leste da Líbia, informa nesta terça-feira a imprensa local. Segundo o jornal "Libya Herald", jihadistas de ambos os grupos combatem desde a madrugada nas ruas e arredores desta população, situada a poucas centenas de quilômetros da fronteira com o Egito e considerada reduto do braço líbio do EI, conhecido como "EI na Cirenaica". Os enfrentamentos ocorrem nos arredores de Derna desde que dias atrás milicianos da brigada Mártires de Abu Salim, vinculada à organização Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), conseguiram arrebatar do EI várias posições na cidade. Os fatos se remontam ao assassinato no último dia 9 de Nasser Aker, um dos líderes do "Conselho da Shura para a Guerra Santa", outro dos braços de AQMI vinculado com as brigadas Mártires de Abu Salim. Se desconhece o grau dos choques e o número de vítimas pela falta de observadores independentes na zona, mas, de acordo com meios vinculados ao governo líbio internacionalmente reconhecido e estabelecido em Tobruk, mais de 20 combatentes morreu até o momento. Entre os mortos em batalha estaria Salem Derbi, um dos homens que em 2011 se lançou contra o regime ditatorial de Muammar Kadafi e que tempo depois chegou ao comando da citada brigada jihadista. A ofensiva de Mártires de Abu Salim, que o governo rebelde de Trípoli conta entre seus aliados, conseguiu na semana passada fazer retroceder as forças do "EI na Cirenaica" para a região montanhosa oriental de Ras Hilel, desde onde agora tratam de recuperar o terreno perdido. Fontes de Segurança indicaram, por sua vez, que responsáveis da brigada, o grupo Ansar al Sharia e outros vinculados ao AQMI, participavam da reunião de alto comando bombardeada no sábado por aviões americanos em Adjdabiya, no leste da Líbia. Logo após conhecer este ataque, o governo líbio em Tobruk anunciou a morte de Mukhtar Belmokhtar, líder histórico da Al Qaeda no Sahel, o que hoje foi negado pelo Ansar al Sharia. Em comunicado divulgado através de sites de propaganda jihadista, o grupo reconheceu que o ataque aconteceu quando se preparava para uma reunião de alto comando e que nele morreram sete pessoas, que foram identificadas. "Nenhum outro cargo de responsabilidade foi morto", assegurou na nota. A Líbia é vítima do caos e da guerra civil desde que em 2011 a comunidade internacional contribuiu para derrubar Kadafi. Há meses, dois governos -um considerado rebelde estabelecido em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido com sede em Tobruk- lutam pelo poder apoiados por milícias islamitas e militares do antigo regime. Nos últimos meses, o braço líbia do EI aproveitou esta disputa para consolidar sua posição na cidade de Derna e avançar para cidade litorânea de Sirte, cerca de 435 quilômetros de Trípoli, que, segundo a organização, já domina. Semanas atrás o EI cometeu um atentado, além disso, na cidade de Misrata, último grande reduto de resistência antes de chegar à capital, e conseguiu avanços militares em Benghazi, segunda cidade do país e palco desde há um ano de duros combates entre as forças leais aos dois governos em disputa. EFE jm/ff

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.