Opinião: intolerância religiosa representa ameaça constante à sobrevivência de Israel
Judeus brasileiros e os cristãos desempenham papel vital na defesa do Estado israelense, bastião da democracia e da liberdade religiosa
Internacional|Claudio Lottenberg, especial para o R7

Israel é frequentemente chamado de capital universal das religiões por abrigar locais sagrados para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Jerusalém, sua cidade mais emblemática, é o coração dessa diversidade, sendo reverenciada por milhões de fiéis ao redor do mundo. O Muro das Lamentações, o Santo Sepulcro e a Esplanada das Mesquitas são apenas alguns dos locais que simbolizam essa interseção de história.
A relevância de Israel remonta a milênios, sendo o cenário de eventos fundamentais das Escrituras. Para os judeus, é a terra prometida, lar do Templo de Salomão e da tradição ancestral do povo de Israel. Para os cristãos, é onde Jesus viveu, pregou e foi crucificado, tornando-se um destino essencial. Já para os muçulmanos, Jerusalém é o terceiro local mais sagrado, pois acredita-se que Maomé tenha ascendido aos céus a partir da Cúpula da Rocha.
No entanto, há desafios, e a intolerância religiosa representa uma ameaça constante à estabilidade e à sobrevivência de Israel. Conflitos históricos e contemporâneos demonstram como a falta de respeito entre crenças pode alimentar divisões políticas e atos de violência. O extremismo, vindo de diferentes lados, coloca em risco não apenas a coexistência pacífica, mas também a preservação dos locais sagrados, que pertencem ao patrimônio cultural da humanidade.
Nesse contexto, os judeus brasileiros e os cristãos têm desempenhado um papel vital na defesa de Israel como um bastião da democracia e da liberdade religiosa. A comunidade judaica no Brasil, com sua forte ligação histórica e afetiva com o Estado judeu, atua na preservação da memória e na promoção de diálogos internacionais. Ao mesmo tempo, os cristãos brasileiros têm se tornado aliados fundamentais de Israel, apoiando sua soberania e reconhecendo sua importância como símbolo da fé e da democracia no Oriente Médio. Esse engajamento reforça a necessidade de um compromisso global com a tolerância e a paz, garantindo que Israel continue sendo um ponto de encontro espiritual e democrático para o mundo.