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Oposição portuguesa recusa mais ajustes e pede que Governo renegocie resgate

Internacional|Do R7

Lisboa, 7 abr (EFE).- A oposição portuguesa em bloco mostrou firme rejeição à adoção de novos cortes em despesa social anunciados neste domingo pelo Governo, ao qual ainda reivindicou que renegocie as condições do resgate financeiro do país. Porta-vozes do Partido Socialista (PS), do Comunista (PCP) e do Bloco de Esquerda (BI) adotaram postura parecida de censurar o Executivo português, que fez duras críticas ao Tribunal Constitucional por sua decisão de anular quatro dos cortes orçamentários de 2013. O primeiro-ministro do país, Pedro Passos Coelho, anunciou neste domingo que o país deverá efetuar novos cortes de despesa social para compensar os mais de 1 bilhão de euros que custará ao Estado a sentença. As áreas mais afetas serão as de saúde, educação, seguridade social e empresas públicas. O secretário do principal grupo da oposição, o socialista, João Ribeiro, lamentou que o Executivo continue empenhado "em ir à frente do programa" de ajustes estipulado junto à União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de seu resgate financeiro. "O Governo atua como se Portugal não fosse um país soberano, membro da UE, e é essa atitude a que lhe impede de lutar por condições mais justas em suas conversas com os organismos internacionais", acusaram. Durante a semana, os socialistas apresentaram, sem sucesso, uma moção de censura contra o Executivo. Hoje, insistiram que Passos Coelho se encontra "isolado" e defenderam a convocação de eleições antecipadas, como vêm defendendo na última semana. "Este pode seguir sendo o Governo de Portugal, mas já não é o Governo dos portugueses", destacou Ribeiro. "Querem liquidar serviços públicos e direitos para continuar servindo aos interesses do capital, e utilizam pretextos para disfarçar seus próprios erros", acusou, por sua vez, o membro do Comitê Central do PCP Jorge Cordeiro. Já a coordenadora do BI, Catarina Martins, defendeu a medida do Tribunal Constitucional. "A decisão do tribunal gerou a oportunidade de exigir melhores condições para o país, que é o que deveria ser feito pelo primeiro-ministro em vez de chantagear as instituições", bradou. O presidente português, no entanto, já deu no sábado respaldo a Passos Coelho. Ele emitiu um comunicado no qual disse que o atual Executivo tem as condições necessárias para continuar no poder. EFE otp/dr

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