País europeu oferece mais de R$ 450 mil para atrair moradores para ilha remota; entenda
Irlanda renova programa que paga pessoas para reformar casas em ilhas pouco habitadas; ideia é revitalizar comunidades costeiras
Internacional|Do R7
RESUMO DA NOTÍCIA
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A Irlanda está oferecendo até 70 mil euros (cerca de R$ 454,8 mil) para reformar casas em ilhas remotas na costa oeste do país. A iniciativa faz parte do programa “Our Living Islands”, que busca combater a despovoação e revitalizar comunidades em 23 ilhas irlandesas, que hoje têm apenas 2.734 habitantes.
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Lançado em 2023 e planejado para durar até 2033, o programa tem como objetivo garantir a sustentabilidade de comunidades insulares, fortalecer a cultura local e diversificar as economias dessas regiões.
Ilhas como Aran, Clare, Dursey, Inishturk, Inishbofin e Bere, conhecidas por seus litorais rústicos e cenários que serviram de pano de fundo para o filme “Banshees de Inisherin” (2022), que foi indicado ao Oscar, estão entre as participantes.
O governo irlandês oferece incentivos financeiros para reformar casas desocupadas ou abandonadas, com valores que variam entre 50 mil euros (R$ 324 mil) para propriedades vagas e até 70 mil para imóveis em estado de abandono, que exigem reformas mais extensas.
O dinheiro deve ser usado exclusivamente para melhorias nas residências, que precisam ser usadas como moradia principal ou alugadas por longo prazo.
Quem pode se candidatar?
Não é necessário ser cidadão irlandês para participar, mas os candidatos devem ter o direito de residir na Irlanda, conforme as regras de visto do país. Até o final de março deste ano, 22 de 35 candidaturas haviam sido aprovadas, segundo o Departamento de Habitação, Governo Local e Patrimônio.
Para se inscrever, os interessados devem acessar o site oficial do governo irlandês. Para se qualificar, a propriedade deve:
- Estar desocupada ou abandonada por pelo menos dois anos;
- Ter sido construída antes de 2007; e
- Ser reformada para uso como residência principal ou aluguel de longo prazo.
Os novos proprietários devem se comprometer a morar ou alugar o imóvel por pelo menos dez anos. Caso a propriedade seja vendida nos primeiros cinco anos, o subsídio deverá ser reembolsado às autoridades locais. O programa não permite o uso do incentivo para casas de temporada ou aluguéis de curta duração.
Iniciativas semelhantes
A Irlanda não é o único país a adotar estratégias para repovoar áreas remotas. Na Itália, o programa “casas por 1 euro” já atraiu atenção, embora enfrente desafios com propriedades em mau estado.
Croácia, França e até o Japão, com casas rurais vendidas por valores simbólicos ou leiloadas, também buscam revitalizar comunidades em declínio, exigindo que os compradores transformem os imóveis em suas residências permanentes.
Recentemente, Eisenhüttenstadt, uma cidade no leste da Alemanha, na fronteira com a Polônia, passou a oferecer duas semanas de hospedagem gratuita em apartamentos mobiliados para atrair novos moradores.
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