Por que os EUA querem enviar equipamento militar avançado para as Filipinas?
Navios chineses têm invadido a zona econômica exclusiva filipina no mar Meridional
Internacional|Do R7

Os Estados Unidos planejam reforçar a presença militar nas Filipinas com o envio de equipamentos avançados, incluindo um sistema de mísseis antinavio e embarcações não tripuladas. A medida faz parte da estratégia norte-americana de dissuasão contra ameaças na região do Indo-Pacífico, em meio às crescentes tensões militares e comerciais com a China.
O anúncio foi feito durante a visita do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, a Manila, capital das Filipinas, onde se reuniu com o presidente Ferdinand Marcos Jr. e o ministro da Defesa, Gilberto Teodoro Jr, na sexta-feira (28). Essa foi a primeira visita de um alto funcionário do novo governo Trump à região.
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Tensão crescente
As Filipinas enfrentam impasses frequentes com a China no mar Meridional, onde navios chineses têm invadido a zona econômica exclusiva filipina. Durante o encontro com Hegseth, Marcos Jr. destacou que a parceria entre os dois países é essencial para manter a paz na região.
Hegseth, por sua vez, afirmou que a dissuasão é necessária diante da “ameaça dos chineses comunistas”. Segundo ele, os EUA não buscam intervenção ou guerra, mas querem garantir liberdade e cooperação.
Novas iniciativas militares
Entre as ações anunciadas está a implantação do Sistema de Interdição de Navios Expedicionários da Marinha e dos Fuzileiros Navais (NMESIS), um lançador de mísseis antinavio terrestre. O equipamento será utilizado nos exercícios militares conjuntos apelidados de ‘Balikatan’, programados para o próximo mês.
Além disso, as Forças de Operações Especiais dos EUA participarão de treinamentos com os fuzileiros navais filipinos na cadeia de Batanes, arquipélago localizado no extremo norte das Filipinas, de frente para Taiwan.
Reação da China
O governo chinês reagiu ao anúncio com um alerta de que a cooperação militar entre EUA e Filipinas não deve ser usada para provocar conflitos ou agravar tensões na região. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou que os EUA devem abandonar sua “mentalidade de Guerra Fria” e evitar instigar confrontos no mar da China Meridional.
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