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Presidente da Ucrânia viajará ao Japão para a cúpula do G7

Líderes das sete principais potências industrializadas do mundo vão anunciar novas sanções contra a Rússia

Internacional|Do R7

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky
Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky

O presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, comparecerá à reunião de cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, onde os líderes das principais potências industrializadas do planeta anunciaram novas sanções contra a "máquina de guerra" da Rússia.

"Coisas muito importantes serão decididas, e a presença do nosso presidente é absolutamente essencial para defender nossos interesses", explicou o secretário-geral do Conselho de Segurança ucraniano, Oleksii Danilov.

Inicialmente, Zelensky deveria discursar por videoconferência na reunião, que prosseguirá até domingo (21). Agora, ele terá a oportunidade de reiterar no Japão o pedido de fornecimento de caças para responder à invasão russa.

Vários países europeus, como Reino Unido e Holanda, anunciaram nesta semana que trabalharão para que a Ucrânia possa receber aviões F-16, mas que a eventual entrega deverá ser autorizada pelo governo dos Estados Unidos.

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Em Hiroshima, cidade que foi vítima do primeiro bombardeio atômico da história, em 1945, os governantes das sete maiores potências do planeta anunciaram novas sanções contra a Rússia, ao mesmo tempo que pretendem adotar uma posição comum a respeito da China.

Em um comunicado publicado após uma reunião sobre a Ucrânia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá anunciaram medidas para "privar a Rússia de tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que sustentam sua máquina de guerra".

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"Nós reafirmamos nosso compromisso de uma frente comum contra a guerra de agressão ilegal, injustificável e não provocada da Rússia contra a Ucrânia", afirma a nota.

O pacote inclui restrições às exportações de produtos "críticos para a Rússia no campo de batalha", além de medidas contra entidades acusadas de transportar material para o front a favor de Moscou.

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O governo dos Estados Unidos estabeleceu o tom algumas horas antes ao anunciar novas sanções contra Moscou para restringir o acesso da Rússia a "produtos necessários para sua capacidade de combate".

De modo concreto, Washington proibirá as exportações americanas para 70 entidades na Rússia e outros países.

Sanções contra os diamantes russos

Reino Unido e União Europeia (UE) anunciaram restrições à indústria de diamantes da Rússia, que tem o comércio avaliado entre 4 bilhões e 5 bilhões de dólares por ano (R$ 19,8 bilhões e R$ 24,8 bilhões) e representa uma importante fonte de receita para o Kremlin.

Em seu comunicado, o G7 se compromete a "restringir o comércio e o uso de diamantes extraídos, processados ou produzidos na Rússia" com o uso de tecnologias de rastreamento.

"O G7 continua unido diante da ameaça da Rússia e firme em seu apoio à Ucrânia", declarou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

Emirados Árabes Unidos, Índia e Bélgica, país-membro da UE, estão entre os principais importadores de diamantes russos.

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Os líderes do G7 poderão apresentar seus argumentos a favor da medida diretamente ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, cujo país mantém relações militares estreitas com a Rússia e que se recusou a condenar a invasão da Ucrânia.

A Índia, ao lado do Brasil e da Indonésia, está entre os oito países não integrantes do fórum que foram convidados para o encontro em Hiroshima.

A iniciativa é uma tentativa de aproximar o G7 de países que relutam em condenar a Rússia e que recebem grandes investimentos da China.

Homenagem às vítimas de Hiroshima

Além da Rússia e da Ucrânia, a China domina a agenda da reunião, assim como a diversificação das redes de suprimentos dos países do G7 como forma de proteção contra o risco de "coação econômica" de Pequim.

"Queremos organizar as relações de abastecimento, comércio e investimento em escala global, de uma maneira que não aumentem os riscos devido à dependência de certos países", disse o chefe de governo da Alemanha, Olaf Scholz, sem mencionar a China diretamente.

A França afirmou que este "não será um G7 de confronto, e sim um G7 de cooperação e de exigência a respeito da China".

Antes do início da reunião de cúpula, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que tem raízes familiares e políticas em Hiroshima, recebeu os outros seis líderes do G7, um a um, no Parque Memorial da Paz.

Juntos, os sete governantes prestaram homenagem às 140 mil vítimas da bomba atômica lançada pelas tropas americanas na cidade em 6 de agosto de 1945.

Zelensky na cúpula árabe

Antes de viajar para o Japão, o presidente ucraniano vai à Arábia Saudita, nesta sexta-feira (19) para participar da cúpula da Liga Árabe na cidade costeira de Jidá. 

"Falarei na cúpula da Liga Árabe. Encontrarei o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman e terei outras conversas bilaterais", escreveu Zelensky em sua conta no Telegram. É sua primeira visita à região desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

A escolha da Arábia Saudita como destino não é trivial, já que Riade, o maior exportador mundial de petróleo, recentemente reforçou suas relações com a China e coordenou sua política de petróleo com a Rússia.

Entre as suas "prioridades" em Jidá, Zelensky destacou "a apresentação da nossa fórmula de paz, cuja aplicação deve envolver o maior número possível de países".

O presidente ucraniano fez recentemente uma viagem europeia para exigir armas e equipamento militar para lançar uma ampla contraofensiva que permita a Kiev recuperar os territórios ocupados pela Rússia no sul e leste do país.

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