Príncipe Charles sofre pressão para abdicar da coroa depois de comparar Putin a Hitler
Fala de Charles gerou polêmica e não foi bem-aceita por políticos da Grã-Bretanha
Internacional|Do R7
O príncipe do Reino Unido, Charles, está sofrendo pressão para abdicar da coroa depois de comparar o presidente russo Vladimir Putin a Adolf Hitler, líder nazista, na quarta-feira (21).
De acordo com informações do tabloide britânico Daily Mail, o príncipe teria feito a comparação em uma conversa com Marienne Ferguson, uma mulher de origem judia que se mudou para o Canadá quando tinha 13 anos.
“Agora Putin está fazendo exatamente o mesmo que Hitler”, disse Charles.
Marienne fugiu da Polônia durante a tomada do nazismo e perdeu muitos familiares no holocausto.
Porém, as afirmações de Charles não foram bem-aceitas pelos políticos da Grã-Bretanha. O deputado trabalhista Mike Gapes pediu que o príncipe abdicasse da coroa enquanto Nigel Farage, outro líder local, disse que o monarca não deveria se envolver nesse assunto.
Príncipe Charles, do Reino Unido, compara Vladimir Putin a Hitler
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Putin, se recusou a discutir o assunto quando abordado por jornalistas. Entretanto, um jornal popular da Rússia noticiou que as declarações de Charles provocaram um escândalo internacional.
O jornal afirmou que as palavras do príncipe Charles complicam ainda mais as “nebulosas” relações entre o Reino Unido e a Rússia.
Mas os ativistas ucranianos contrários à Rússia elogiaram as afirmações de Charles. Em redes sociais, eles divulgaram a informação com frases como “O bom e velho Charles”, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
Gapes publicou em uma rede social que se o príncipe quiser fazer declarações polêmicas sobre questões nacionais e internacionais, deveria abdicar e concorrer nas eleições. “Em alguns momentos, o que ele pode fazer de melhor é ser príncipe, e não se envolver em questões como essa”.
O ex-embaixador da Grã-Bretanha na Rússia, Tony Brenton, disse que Charles usou de “exagero grotesco” comparando as ações da Rússia na Crimeia com o nazismo. Porém, completou que Charles poderia intervir na situação de forma que a Rússia reconsiderasse sua política na Ucrânia.