Redes sociais removeram milhares de conteúdos ilegais durante distúrbios na França

Ministérios do Interior e da Justiça enviaram centenas de pedidos às grandes plataformas para cancelamento de certas postagens

05/07/2023 - 17h01 (Atualizado em 29/03/2024 - 07h09)

As redes sociais removeram, "muito rapidamente, milhares de conteúdos ilegais e suspenderam centenas de contas" durante os distúrbios que eclodiram após a morte de um jovem baleado por um policial, informou à AFP, nesta quarta-feira (5), a delegação ministerial francesa do setor digital.

Os ministérios do Interior e da Justiça enviaram centenas de pedidos às grandes plataformas para o cancelamento de conteúdo ilegal, como chamados a atos violentos e divulgação de dados pessoais de policiais.

Os ministros destas pastas convocaram na última sexta-feira os representantes do TikTok, Snapchat, Twitter, Facebook e Instagram e, desde então, submetem os mesmos "a uma pressão enorme para que retirem o conteúdo ilegal, pedido ao qual eles responderam rapidamente", destacou a fonte.

O governo francês também pediu às plataformas que exerçam “vigilância máxima sobre funcionalidades que podem ser desviadas para alterar a ordem pública”, disse à revista "Challenges" o ministro delegado da Transição Digital e das Telecomunicações, Jean-Noël Barrot.

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A morte, em 27 de junho, de um jovem baleado por um policial durante uma blitz nos subúrbios de Paris provocou uma onda de violência que resultou em milhares de detidos, dezenas de policiais feridos e centenas de prédios incendiados e carros queimados.

Mistério: conheça milionários russos que morreram sob circunstâncias suspeitas

Mais recentemente, Kristina Baikova, executiva do Loko-Bank, um banco da Rússia, se tornou mais uma vítima de repentinas mortes que envolvem pessoas influentes nos negócios russos. No dia 23 de junho, a empresária supostamente caiu do 11º andar de seu apartamento, em Moscou, e morreu instantaneamente. As autoridades investigam o caso

Viatcheslav Rovneiko, um ex-espião e magnata do petróleo russo próximo ao chefe de inteligência estrangeira de Vladimir Putin, foi encontrado inconsciente em sua casa, em fevereiro de 2023. Sua morte foi incluída na lista de figuras do Kremlin que morreram em circunstâncias misteriosas nos últimos anos

No mesmo mês, Marina Yankina, chefe do departamento de apoio financeiro do Ministério da Defesa para o Distrito Militar Ocidental e importante figura no financiamento da guerra ilegal de Vladimir Putin na Ucrânia, também foi encontrada morta sob circunstâncias suspeitas. Há relatos de que ela tenha cometido suicídio, mas essa é uma alegação frequentemente feita na Rússia, mesmo antes de qualquer investigação ser iniciada

Pavel Antov, deputado russo que havia criticado a guerra na Ucrânia, foi encontrado morto na Índia em dezembro de 2022. A alegação é de que ele caiu do telhado de um hotel. Antov era um magnata conhecido na cidade de Vladimir, a leste de Moscou

Também em dezembro de 2022, Dmitry Zelenov, magnata do setor imobiliário, morreu após supostamente ter caído de uma escada durante um jantar com amigos na cidade francesa de Antibes. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Zelenov foi considerado um dos bilionários mais jovens da Rússia e da Europa e incluído no ranking da Forbes em 2008, aos 36 anos

Anatoly Nikolaevich Gerashchenko, conhecido por seu trabalho no desenvolvimento de tecnologia aeroespacial e com ligações estreitas com o Ministério da Defesa de Putin, supostamente teria caído vários lances de escada e morrido na sequência, em setembro de 2022. O acidente teria acontecido no Instituto de Aviação de Moscou (MAI), onde ele exercia um cargo de chefia

No mesmo mês, Ivan Pechorin, diretor administrativo da Corporação de Desenvolvimento do Extremo Oriente e Ártico de Putin, supostamente teria se afogado até a morte após ter caído de um barco perto da ilha Russky, que pertence ao território russo. O corpo dele foi encontrado após uma busca intensiva

Em setembro de 2022, Ravil Maganov, presidente da Lukoil, empresa de gás e petróleo, morreu em circunstâncias parecidas — ao cair da janela de um hospital, em Moscou. Ele também criticava abertamente a invasão da Ucrânia pela Rússia e apelou 'ao fim mais rápido do conflito armado', conforme foi mostrado em um relatório. Uma declaração, agora excluída, da Lukoil alegava que o homem, de 67 anos, havia morrido em decorrência de uma 'doença grave'

Diretor do conselho administrativo da Lukoil, o bilionário Alexander Subbotin foi encontrado morto em maio de 2022. Ele estava na casa de um líder espiritual indígena e acredita-se que tenha sido intoxicado com veneno de sapo. O conselho da companhia havia se posicionado contrário à invasão da Rússia à Ucrânia

Dezenas de mortes de milionários russos e figuras importantes anteriormente alinhadas ao governo de Putin levantaram especulações na web e nos veículos de imprensa. Recentemente, o jornal britânico Daily Star fez um compilado de pessoas que morreram repentinamente por acidente ou "suicídio". Acredita-se que o governo de Vladimir Putin esteja envolvido nisso e tenha cometido esses crimes para "eliminar" oponentes políticos e ameaças à estabilidade de seu poder. No entanto, ainda não há evidências de ligação direta entre Putin e esses assassinatos. Outros fatores, como rivalidades empresariais, ações do crime organizado e de agentes estrangeiros, também são considerados. Veja a seguir alguns dos casos que geraram suspeitas no público * Sob supervisão de Sofia Pilagallo