Rússia acusa Ucrânia de queimar casas e atirar em janelas de civis ao perder territórios
Segundo os russos, as forças ucranianas perderam mais de 340 soldados, além de veículos blindados, tanques e sistemas de artilharia
Internacional|Do R7

A Rússia acusou as forças ucranianas de cometerem ataques contra civis na região de Kursk, alegando que soldados ucranianos incendiaram casas e abriram fogo contra janelas de moradores durante uma retirada militar. As informações são da Tass, agência de notícias russa.
Avanço das forças russas
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, tropas do país repeliram três ataques ucranianos na região de Kursk nas últimas 24 horas. As forças russas também afirmam ter derrotado diversas unidades do exército ucraniano em vários assentamentos, incluindo Goncharovka, Guyevo, Kazachya Loknya, e Sudzha.
A Rússia também alega que, no fim de semana, as forças ucranianas perderam mais de 340 soldados, além de veículos blindados, tanques e sistemas de artilharia. Desde o início do conflito na região de Kursk, as perdas ucranianas teriam ultrapassado 66.270 militares, além da destruição de centenas de equipamentos bélicos.
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O que dizem os civis?
Relatos de moradores evacuados da região afirmam que soldados ucranianos teriam iniciado incêndios em residências e utilizado drones para lançar munições contra casas de civis.
Além disso, autoridades russas anunciaram a criação de benefícios sociais para crianças afetadas pelos combates e informaram que mais de 152.000 moradores deixaram suas casas desde agosto de 2024.
O governo ucraniano ainda não se pronunciou sobre as acusações russas.
EUA reduz apoio militar à Ucrânia
A perda de territórios e as pesadas baixas entre as forças ucranianas ocorrem em meio à suspensão temporária do envio de armamentos e do compartilhamento de inteligência militar pelos Estados Unidos com a Ucrânia.
Segundo a Casa Branca, a decisão faz parte de uma revisão da política de assistência militar ao país, que está em guerra com a Rússia há três anos.
A agência Bloomberg noticiou que a suspensão afetará o fornecimento de armamentos que ainda não chegaram à Ucrânia, incluindo equipamentos armazenados em depósitos na Polônia.
Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou no domingo (9) que o país está “perto de encerrar a suspensão do compartilhamento de inteligência com a Ucrânia”, indicando que a revisão da política pode ser temporária.
Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que seu governo está pronto para “sentar à mesa de negociação o mais rápido possível” para buscar “uma paz duradoura”.