Rússia anuncia retirada de batalhão motorizado da fronteira ucraniana
Internacional|Do R7
Moscou, 31 mar (EFE).- A Rússia anunciou nesta segunda-feira a retirada de seu batalhão motorizado da fronteira com a Ucrânia, depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu o recuo das tropas russas para diminuir a tensão no local. O batalhão deixou hoje o polígono de Kadamovski, na região de Rostov do Don, na fronteira com a Ucrânia, com destino a sua base de habitual em Samara, a mais de mil quilômetros do limite entre os dois países, anunciou o Ministério de Defesa russo. A fonte explicou que o batalhão havia realizado durante as últimas semanas em Rostov vários exercícios, incluindo manobras de tiro, exploração e outras táticas militares. Fontes ucranianas haviam informado horas antes que nos últimos dias a Rússia havia reduzido as tropas concentradas junto à fronteira até um número aproximado de 10 mil soldados. Segundo os serviços secretos dos EUA, nas regiões russas de Rostov do Don, Kursk e Belgorod, fronteiriças com a Ucrânia, a Rússia havia mobilizado na semana passada mais de 30 mil soldados, além de blindados e aviação. Isso fez as autoridades da Ucrânia temerem uma invasão de seu território para anexar as regiões orientais de fala russa, depois que Moscou anexou recentemente a península ucraniana da Crimeia. "As tropas russas não estão apenas na Crimeia. Estão ao longo das fronteiras ucranianas. Estão no sul, no leste e no norte. Poderia haver um grande ataque contra o território continental da Ucrânia e estamos nos preparando para isso", afirmou Andrei Parubiy, secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional. Segundo Kiev, no total quase 100 mil soldados russos equipados com blindados, plataformas de lançamento de mísseis, aviões e helicópteros estavam na semana passada na fronteira entre os dois países à espera de receber as ordens do presidente russo, Vladimir Putin. No entanto, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, negou no sábado que Moscou tenha planos de invadir o território ucraniano, embora considere ilegítimas as autoridades que assumiram o poder após a derrubada, em 22 de fevereiro, do presidente Viktor Yanukovich, agora exilado na Rússia. EFE io/tr