Rússia classifica de ilegais as sanções americanas à Rosneft
A maior companhia petrolífera do país é uma das maiores investidoras na Venezuela e afirmou que suas atividades estão regulamentadas
Internacional|Da EFE
O governo da Rússia classificou nesta quarta-feira (19) como ilegais, as sanções dos Estados Unidos contra a Rosneft Trading, filial da companhia petrolífera russa Rosneft, e garantiu que as medidas não influenciarão nas relações mantidas com a Venezuela.
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"Estas restrições, que consideramos ilegais do ponto de vista do direito internacional, de nenhuma maneira pode influir nas relações bilaterais com a Venezuela", disse o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva.
De acordo com o porta-voz do governo russo, "pelo contrário, as relações acontecem e seguirão acontecendo".
Sobre a filial da Rosneft, Peskov garantiu que a companhia informou que avalia a possibilidade de levar o caso para os tribunais.
A petrolífera indicou em comunicado que as sanções anunciadas pelo governo dos EUA são "ilegais, injustificadas e um ato de arbitrariedade".
"A Rosneft vem desenvolvendo projetos na Venezuela com estrito apego as leis nacionais e internacionais. Na implantação de seus projetos, a companhia realiza atividades exclusivamente comerciais no benefício dos acionistas e não tem fins políticos", aponta a nota.
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A maior companhia petrolífera da Rússia apontou ainda que se tornou uma das maiores investidoras na Venezuela e que suas atividades estão regulamentadas por contratos assinados muito antes das sanções do governo americano ao país sul-americano.
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira as sanções econômicas contra a Rosneft Trading, por ajudar a Venezuela no comércio internacional de petróleo, em um claro aviso a Moscou, além de avisar outras empresas de energia de medidas semelhantes se colaborarem com o governo de Nicolas Maduro.
A Rosneft é uma das empresas mais ativas da Venezuela, onde aumentou suas atividades e se tornou o grande intermediário do petróleo bruto venezuelano diante das sanções impostas por Washington à estatal venezuelana PDVSA.