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Suspeito de ataques em Boston chega à prisão enquanto FBI procura

Internacional|Do R7

Lucía Leal. Washington, 26 abr (EFE).- O jovem suspeito de ser o coautor do ataque do dia 15 de abril na maratona de Boston (EUA) foi levado nesta sexta-feira para um hospital penitenciário, enquanto o FBI (Polícia Federal americana) procurava seu computador portátil em um despejo próximo à universidade onde estudava. Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, está agora no hospital de uma prisão federal de Fort Devens, a cerca de 60 quilômetros a noroeste de Boston (Massachusetts), segundo informou o porta-voz militar, Drew Wade. O jovem de origem chechena foi levado durante a noite da quinta-feira do Centro Médico Beth Israel Deconess de Boston, onde recebia tratamento para os ferimentos que sofreu durante sua perseguição e captura em relação aos atentados do dia 15 de abril, que deixaram três mortos e mais de 200 feridos. Dzhokhar tem ferimentos na garganta, na perna e em uma mão, mas sua condição mudou de "grave" para "propícia" em meados desta semana, o que permitiu que as autoridades o transferissem para o centro penitenciário, projetado para presos que requerem atendimento médico. Em sua chegada à prisão, o suspeito foi qualificado como um criminoso de "alto risco" e levado para uma cela isolada na seção de alta segurança do centro, após o que lhe tiraram suas impressões digitais e uma mostra de DNA. Além disso, o submeteram a uma avaliação psicológica que determinou que não parece apresentar risco de ferir a si mesmo, segundo fontes da prisão em declarações à rede "CNN". Espera-se que permaneça ali pelo menos até o dia 30 de maio, quando deve comparecer na primeira audiência judicial do caso que o Governo Federal apresentou contra si na segunda-feira passada e que o acusa do uso de "armas de destruição em massa", o que o expõe à pena de morte ou à prisão perpétua se for declarado culpado. Enquanto isso, as autoridades de Boston começaram a levar o barco no qual a Polícia descobriu Dzhokhar há uma semana na busca de mais provas, ao mesmo tempo em que uma equipe do FBI protegida com trajes para o manejo de materiais perigosos revistava um depósito nos arredores de Boston. Essa equipe buscava um computador portátil que foi vinculado com o suspeito por causa de um interrogatório de dois jovens cazaques, Dias Kadyrbayev e Azamat Tazhayakov, detidos no sábado e que viviam nos arredores da Universidade de Massachusetts Darmouth, na qual o mais novo dos irmãos Tsarnaev estava inscrito. As autoridades acreditam que Dzhokhar e seu irmão morto mais velho, Tamerlan, visitaram o apartamento dos dois cazaques depois do atentado, segundo indicaram fontes policiais à rede "ABC". Após interrogar esses dois jovens, as autoridades encontraram um telefone celular que aparentemente pertenceu a Tamerlan e começaram a busca do computador de Dzhokhar no despejo próximo à universidade, que por enquanto foi infrutífera, segundo "ABC". O pai dos suspeitos, Anzor Tsarnaev, anunciou na quinta-feira que viajaria em breve nos EUA para cooperar na investigação, mas hoje decidiu adiar indefinidamente a viagem por problemas de saúde e viajou para Moscou para se tratar, segundo disse a mãe dos irmãos, Zubeidat Tsarnaev, à rede "Fox News". A mãe dos irmãos Tsarnaev, que, segundo as autoridades, também planejavam cometer um ataque em Nova York, é acusada em um tribunal de Massachusetts por roubo e danos à propriedade, por isso que teme ser detida se retornar aos EUA. Por outro lado, legisladores e autoridades continuam investigando por que os planos dos irmãos Tsarnaev escaparam do FBI e da CIA apesar do mais velho dos dois figurava nos arquivos de ambas as agências. Segundo informou nesta sexta-feira "The Washington Post", um agente em Boston de uma equipe especial contra o terrorismo dos EUA recebeu, nove meses antes dos ataques, um alerta que um suspeito de ser militante islamita acabava de retornar de uma longa viagem à Rússia, ao redor da data em que Tamerlan voltou de uma estadia na república do norte do cáucaso russo do Daguestão. Não há indicações que esse agente compartilhou essa pista com nenhum outro membro da equipe especial, que faz parte de uma rede nacional contra o terrorismo, segundo funcionários anônimos citados pelo jornal. Em uma audiência na Câmara dos Representantes (Deputados), o congressista republicano Ted Poe considerou que o relatório se inscreve em um "problema na hora de compartilhar informação", entre as agências de segurança dos EUA, e lamentou que essas decisões judiciais persistam mais de 11 anos depois dos atentados do 11 de setembro de 2011. EFE llb/ma

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