Universidade de Hong Kong retoma as aulas com segurança reforçada
Instituição foi alvo de um cerco entre manifestantes e policiais e ficou fechada por dois meses para conseguir reparar danos causados nos confrontos
Internacional|Da EFE

A Universidade Politécnica de Hong Kong, epicentro de sérios confrontos entre manifestantes contra o governo e policiais em meados de novembro do ano passado, retomou suas atividades nesta segunda-feira (13) com segurança reforçada após um hiato de quase dois meses onde tentaram reparar os danos no local.
Hoje, um grande número de estudantes e professores retornou ao campus com máscaras faciais, não apenas devido ao medo do surto de pneumonia em Wuhan, na China central, mas também por causa de resíduos de gás lacrimogêneo.
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O campus foi o ponto de partida das batalhas campais em vários centros universitários, que colocaram ativistas radicais do movimento de protesto pró-democracia contra a polícia de choque, em meados de novembro de 2019.
Após 11 dias de cerco, a polícia conseguiu acessar o local e o encontrou bastante danificado, com uma infinidade de coquetéis molotov, barricadas construídas com móveis ou máscaras de gás. Mais de 1,1 mil pessoas foram presas durante os dias de protesto, das quais apenas 46 eram estudantes politécnicos.
Nestes quase dois meses sem atividades, a universidade instalou cercas de metal, telas nos corredores e catracas para controlar a entrada, além de reforçar a presença de seguranças no campus.
Além disso, a maioria dos grafites contra o governo pintados no campus foram apagados. No entanto, algumas instalações que foram vandalizadas ainda estão em reparo.
O semestre universitário começou hoje em Hong Kong, com muitas universidades retomando suas aulas depois de interromper abruptamente a anterior devido a protestos no campus, que afetaram centros como o Politécnica, a Universidade da Cidade de Hong Kong e a Universidade Batista.