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Venezuela começa a emitir carteiras de identidade perto de área de disputa com Guiana

O país passou a emitir documentos em Tumeremo, cidade onde serão instalados órgãos de poder criados por Maduro

Internacional|Do R7

Vista de uma rua em Tumuremo, na Venezuela
Vista de uma rua em Tumuremo, na Venezuela

O Governo da Venezuela começou a emitir documentos de identidade na cidade de Tumeremo, perto do território de Essequibo, que o país disputa com a Guiana, informou nesta segunda-feira (11) o Serviço de Identificação, Migração e Estrangeiros venezuelano (Saime).

A instituição compartilhou no Instagram várias fotos e vídeos que mostram a entrega de carteiras de identidade nessa cidade, onde, provisoriamente, serão instalados os órgãos de poder criados unilateralmente pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em sua tentativa de anexar Essequibo.

Embora Maduro tenha garantido que o Saime abriria um escritório em Tumeremo no último sábado (9), as autoridades confirmaram a implementação de "jornadas especiais" — geralmente itinerantes — para a entrega de documentos, sem esclarecer se a sede do órgão já havia aberto as portas.

A reitora do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Rosalba Gil, responsável pelo registro da instituição, informou na mesma rede social sobre uma "visita institucional de reconhecimento" a Tumeremo, onde pretende abrir "novas unidades" para a coleta de dados dos cidadãos.


"Convocamos todos os essequibanos [habitantes da área em disputa], pois estamos à disposição no registro civil para atender a qualquer situação, providenciar seus documentos e depois entregar sua identificação, como a carteira de identidade", disse ela.

O fornecimento de documentos de identidade às pessoas que vivem na área disputada, em sua maioria membros de comunidades indígenas, é uma das ações propostas pela Venezuela, depois que a maioria de seus eleitores aprovou, em um referendo unilateral, a anexação do território, que é rico em petróleo e controlado pela Guiana há mais de 120 anos.

Até o momento, as autoridades de Caracas não informaram quantos essequibanos solicitaram a cidadania venezuelana.

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