Vídeo mostra Boumedienne chegando à Turquia dias antes do sequestro em Paris
Governo turco afirmou que ela permaneceu no país antes de atravessar a fronteira com a Síria
Internacional|Do R7

A mulher mais procurada da França neste momento, Hayat Boumedienne, foi flagrada em vídeo no último dia 2, chegando ao aeroporto Sabiha Gokcen, de Istambul. As imagens foram divulgadas nesta segunda-feira (12) pela rede de televisão Haberturk, da Turquia.
O paradeiro de Boumedienne vem sendo uma incógnita para as autoridades francesas desde que seu marido, o francês Amedy Coulibaly, matou quatro reféns durante o sequestro em um supermercado judaico de Paris, na sexta-feira (9).
Ela é acusada pelas autoridades francesas de ter sido cúmplice do sequestro, no qual Coulibaly foi morto durante a ação da polícia.
Nas imagens, Boumedienne está acompanhada de Medhdi Sabri Belhouchine, francês de 23 anos, que não está em nenhuma lista de terroristas e não estava sendo relacionado ao sequestro.
O governo turco tem a informação de que Boumedienne permaneceu na Turquia até quinta-feira (8), quando cruzou a fronteira com a Síria por meio da cidade de Akcakale, que já foi palco de conflitos entre o exército turco e membros do grupo radical Estado Islâmico.
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em declaração à agência turca Anatolian, Boumedienne desembarcou no aeroporto de Istambul no dia 2 de janeiro, vinda de Madri.
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— A mulher de Coulibaly veio para a Turquia de Madri. Temos imagens dela no aeroporto. Depois ela ficou, com outra pessoa, em um hotel em Kadikoy (região de Istambul), e no dia 8 de janeiro viajou para Síria. Isto ficou evidente com os registros telefônicos.
Autoridades locais afirmaram que o casal foi rastreado por centros de análise de riscos que estão evitando a entrada na Turquia de combatentes do Estado Islâmico, pelas fronteiras com o Iraque e com a Síria.
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, declarou nesta que a ameaça terrorista ainda está presente no país, que mantém alerta máximo de segurança. O governo mobilizou 10 mil soldados franceses para reforçar a segurança no país, em prédios governamentais, estabelecimentos comerciais, escolas e outros alvos terroristas.
Valls citou o nome de Coulibaly, afirmando que, além de Boumedienne, com quem viveu em Paris, ele pode ter tido ajuda de outros cúmplices. No domingo pela manhã, quando Coulibaly já estava morto, foi postado um vídeo dele justificando suas ações. No vídeo, ele jurava fidelidade ao Exército Islâmico.