Zimbábue fatura US$ 2,7 milhões com venda de 97 elefantes
93 animais foram mandados para a China e quatro para Dubai entre 2012 e 2018, segundo Ministério de Turismo e Meio Ambiente do país africano
Internacional|Da EFE

O Zimbábue faturou US$ 2,7 milhões com a venda de 93 elefantes à China e quatro a Dubai entre 2012 e janeiro de 2018, informou nesta segunda-feira (13) o Ministério de Turismo e Meio Ambiente do país africano.
"Os elefantes foram levados de avião ao Parque de Vida Silvestre de Xangai, Jiangmeu-Hesham, Chimelong e Umurgi, na China, e ao Safari Park de Dubai. Não houve mortes de elefantes na transferência", garantiu a ministra de Turismo e Meio Ambiente, Priscah Mupfumira.
A ministra detalhou que o preço dos animais oscilou entre US$ 13,5 mil e US$ 41,5 mil cada, em declarações publicadas pelo jornal estatal "Chronicle".
O dinheiro arrecadado foi destinado a atividades de conservação dos elefantes, entre elas o apoio a operações contra a caça ilegal, e a unidades de inteligência e investigação da Autoridade de Parques e Vida Silvestre do Zimbábue.
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Assim como a vizinha Botsuana, o Zimbábue também é um firme defensor da legalização do comércio de marfim de elefantes africanos. A prática é proibida desde 1990 em virtude da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestre (CITES).
"O Zimbábue pode manter 55 mil elefantes, mas atualmente temos 85 mil. Não podemos reduzir (o número) devido às restrições da CITES", argumentou Mupfumira, que acrescentou que o governo possui US$ 300 milhões em marfim que não pode ser vendido.
A segunda maior concentração de elefantes do mundo fica no Zimbábue. A maior está localizada em Botsuana, que conta com mais de 135 mil exemplares e já chegou a questionar sua proibição de caça, apesar do alto faturamento obtido com os safaris de luxo.
O Zimbábue participou na semana passada de uma cúpula de chefes de Estado em Botsuana sobre a situação dos elefantes na Área de Conservação além da fronteira Kavango-Zambezi (KAZA), que também inclui regiões da Namíbia, da Zâmbia e do Zimbábue.
O presidente de Botsuana e anfitrião da reunião, Mokgweetsi Masisi, defendeu a suspensão da proibição internacional do comércio de marfim.