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Anvisa recebe pedido da UFMG para testar vacina contra covid

Expectativa é que aproximadamente 300 pessoas participem do estudo com o imunizante que tem potencial contra a variante delta

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Testes iniciais apontam eficácia de vacina da UFMG
Testes iniciais apontam eficácia de vacina da UFMG Testes iniciais apontam eficácia de vacina da UFMG

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, nesta sexta-feira (30), o pedido da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) para testar em humanos a SpinTec, vacina contra a covid-19 com tecnologia 100% brasileira.

A solicitação foi feita para os testes de fase 1 e 2, que têm como objetivo de avaliar a segurança do imunizante. Nestas etapas, que vão acontecer ao mesmo tempo, os pesquisadores vão identificar se o medicamento tem efeitos adversos e se ele induz a produção de anticorpos contra a doença.

De acordo com o CT Vacinas, laboratório da UFMG responsável pelos estudos, a fase 1 deve contar com a participação de 40 voluntários. Já a fase 2 terá entre 150 e 300 participantes. Caso os resultados sejam positivos, a previsão é que a fase 3, que abre o teste para a população em geral, terá início no primeiro semestre de 2022. A data também depende da disponilidade de verbas.

"A análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são realizados em laboratório e animais", destacou a Anvisa.

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A Anvisa tem um prazo legal de 72 horas para decidir se autoriza ou não a testagem, caso a documentação entregue esteja completa. Se tudo der certo, a universidade espera começar a aplicar as primeiras doses nos voluntários no mês de setembro.

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Resultados positivos

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Segundo a UFMG, os testes iniciais, realizados em animais, indicaram boa eficácia da SpinTec. A expectativa é que o medicamento também tenha performance positiva contra as variantes identificadas atualmente, inclusive a delta.

Os pesquisadores consideram que a SpinTec deve ser uma vacina de reforço, já que ela deve chegar ao mercado quando a maior parte dos brasileiros deverá estar imunizada. Sandra Goulart, reitora da UFMG, avaliou ao R7 que, ainda assim, o imunizante terá um papel importante no país.

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— A expectativa é que nós tenhamos que continuar vacinando a população, já que esse vírus continua mudando. Essas vacinas da primeira geração, que são as que estamos recebendo agora, terão que ser, de uma certa forma, complementadas com estas de segunda geração.

A SpinTec é desenvolvida pela UFMG em parceria com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) em Minas Gerais. A expectativa é que o imunizante seja produzido pela Funed (Fundação Ezequiel Dias), caso seja aprovado.

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